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A Justiça de Limeira (SP) condenou a 15 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, um rapaz que matou cinco cães de sua mãe enforcados com uma corda, em 21 de novembro de 2024. O réu já respondia pelo caso na prisão. Cabe recurso.
O caso ocorreu no bairro Ernesto Kühl. Segundo a Polícia Militar, a própria mãe denunciou Thiago Emanuel Faustino Machado e contou que ele cavou uma cova no quintal e dizia que mataria todos os cães da casa.
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A mulher não acreditou nas palavras do filho, alimentou os cinco animais e saiu para trabalhar pela manhã, em uma quinta-feira. Ao retornar para casa, ela sentiu falta dos cachorros e viu que a cova que o suspeito havia aberto estava coberta de terra.
Ao conversar com o rapaz, ele confessou ter matado e enterrado os cinco cães. Ele foi preso em flagrante por maus-tratos.
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Rapaz diz que cães estavam sofrendo
Em depoimento durante audiência de custódia, no dia do crime, Thiago afirmou que os cães estavam sofrendo, “magrelos”, com infestação de carrapatos e feridas, e que não recebiam d’água, comida e banhos suficientes. Ele também afirmou que “não fez por maldade”.
“Eles estavam lá sofrendo […] Ninguém me ajudou, aí chegou nesse ponto que eu não aguentava mais”, justificou.
Na ação criminal, Thiago é representado pela Defensoria Pública, que informou que se manifesta sobre casos criminais apenas nos autos.
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Mãe nega falta de cuidados
No entanto, sua mãe negou que faltavam cuidados aos cães. Também em depoimento, ela afirmou que comprava ração para os cachorros e que estava cuidando da infestação por carrapatos com medicamento.
Por outro lado, ela afirmou que o filho não dava dinheiro para ajudar com a ração e que não gostava dos animais.
“Ele invoca com os cachorros, ele não gosta dos cachorros. Só que os cachorros são meus […] Ontem, meu filho abriu uma cova, mas não imaginei que que era. Fazia a mínima ideia”, disse a tutora.
Justificativa não convence, diz juiz
O juiz Guilherme Lopes Alves Lamas, da 2ª Vara Criminal de Limeira, considerou que a justificativa do réu não convenceu.
“Como bem destacado pelo Ministério Público nas reperguntas, não havia qualquer justificativa para que, caso o acusado realmente estivesse preocupado com o bem-estar dos animais, tivesse ele mesmo chamado a zoonoses”, argumenta o juiz.
Ele também destacou que os cães foram mortos de maneira cruel, por asfixia.
“O depoimento da própria genitora do réu, nesta audiência, foi aterrador: ela disse que o acusado costumava, em datas pretéritas, quebrar vassouras quando batia nos cães […] A conduta pretérita do acusado, portanto, não era a de alguém preocupado com aqueles cães. Pelo contrário”, acrescenta o magistrado.
Mãe disse ter medo do filho, diz promotor
Promotor de Justiça responsável pelo caso, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua destacou que pediu pena severa à Justiça.
“A pena se justificou alta dessa forma porque foram cinco cães inofensivos que foram enforcados cruelmente um a um. A própria mãe do réu deixou claro que tem medo dele e afirmou ‘que ele pode fazer coisa muito pior'”, afirmou.
O promotor relatou que o réu já tinha condenação anterior por tráfico. “[O réu] deixou claro em seu interrogatório que sabia da existência do Bem Estar Animal, orgão que poderia recolher os cães. Portanto, o rigor judicial está justificado e que não se repita fatos como estes”, finalizou.
Fonte: G1