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Um novo estudo da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, revela que raios matam cerca de 320 milhões de árvores por ano no mundo. O número não inclui incêndios florestais iniciados por descargas elétricas, o que indica que o impacto do fenômeno natural sobre os ecossistemas florestais pode ser ainda maior. Com a crise climática, a tendência é que as descargas aumentem, ampliando a mortalidade de árvores e afetando o armazenamento de carbono nas florestas.
A pesquisa, publicada na revista científica Global Change Biology, apresenta o primeiro modelo capaz de estimar globalmente quantas árvores são atingidas de forma tão severa por raios que acabam morrendo. A conclusão é que os efeitos ecológicos do fenômeno têm sido subestimados. “Agora conseguimos não apenas estimar quantas árvores morrem por raios a cada ano, mas também identificar as regiões mais afetadas e avaliar as implicações para o carbono global e a estrutura das florestas”, afirma Andreas Krause, principal autor do estudo.
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Wait for it… ⚡ Watch as this tree falls after a lightning strike split it in half, and set it on fire. pic.twitter.com/gZncMRRXYS
— AccuWeather (@accuweather) June 3, 2024
A estimativa é que os danos por raios representem entre 2,1% e 2,9% da perda anual de biomassa vegetal. Isso corresponde a emissões de CO₂ que variam entre 770 milhões e 1,09 bilhão de toneladas por ano. Para comparação, a queima de vegetação em incêndios florestais libera cerca de 1,26 bilhão de toneladas anuais. Quando se considera também a queima de madeira morta e solo orgânico, os incêndios chegam a emitir 5,85 bilhões de toneladas de CO₂ por ano.
Lightning struck this tree in Coventry, CT, igniting it from the inside! 🌩️🔥 pic.twitter.com/aNAcyXXpO6
— AccuWeather (@accuweather) July 3, 2025
A preocupação aumenta porque os modelos climáticos apontam para um crescimento na frequência de raios nas próximas décadas. Hoje, a mortalidade de árvores por raios é maior nas regiões tropicais, mas a tendência é que aumente também em áreas temperadas e boreais, como a Europa e o norte da América. “Vale a pena prestar mais atenção a essa perturbação amplamente negligenciada”, alerta Krause.
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Fonte: Um Só Planeta