Anúncios
Foram necessárias 11 edições, mas o Rio Open enfim tem um título 100% brasileiro. Rafael Matos e Marcelo Melo se sagraram campeões de duplas na madrugada deste domingo (23), depois de vencerem os espanhóis Pedro Martínez e Jaume Munar. O triunfo de Matos e Melo veio por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 7/5, em 1h37min. O resultado levantou as arquibancadas da Quadra Central Guga Kuerten, tomadas por torcedores, incluindo João Fonseca, que vibraram do primeiro ao último ponto.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/9/v/CaOtutTh2ubsh88yE5yw/54344895878-53dc8508d8-o.jpg?quality=70&f=auto)
Aos 29 anos, Rafa Matos, número 36 do mundo nas duplas, conquistou o bicampeonato do Rio Open. Ele já tinha levado o título no último ano, mas em parceria internacional, com o colombiano Nicolás Barrientos. Assim, se junta a um seleto grupo de jogadores que têm dois troféus do ATP 500 carioca: Juan Sebastián Cabal e Robert Farah, da Colômbia; Maria Irigoyen e Máximo González, da Argentina; e Pablo Cuevas, do Uruguai.
Anúncios
– Só queria dizer que não foi o Marcelo que me escolheu. Eu tive que pedir três vezes para ele aceitar jogar comigo. Estar no Rio Open, no Brasil, com toda essa torcida, é indescritível. A energia que vocês passam aparece aqui na quadra. (A final) Foi uma batalha tática, e nós fizemos por merecer – celebrou Matos, o único bicampeão consecutivo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/w/O/1UCscNQzOqNmmlbQus5Q/54344971835-1c142bed8c-o.jpg?quality=70&f=auto)
Marcelo Melo, por sua vez, disputou a terceira final de Rio Open da carreira e conquistou o primeiro título no torneio. Hoje com 41 anos e 35º do mundo nas duplas, ele ficou com o vice-campeonato nas edições de 2014 e 2023, ao lado de David Marrero e Juan Sebastián Cabal, respectivamente.
Anúncios
– Faz mais ou menos 18 anos que eu jogo duplas. Fui número 1 do mundo, ganhei Roland Garros e Wimbledon, mas igual a isso aqui não tem. Escutamos muita coisa. Tenho 41 anos, e todo mundo ao meu redor sabe o quanto queria levar esse título. Fui muito esperto por escolher o Rafa para me mostrar o caminho das pedras. Já falaram que eu deveria ter parado, mas sou louco por tênis. Eu trago a experiência, e o Rafa traz a correria da juventude – disse Melo, bastante emocionado após assegurar o 39º troféu como tenista.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/s/u/1QtHz8RJqHpTlop2WaGQ/54345054515-7e49b12668-k.jpg?quality=70&f=auto)
Adversários de Matos e Melo na decisão de 2025, Martínez e Munar são mais conhecidos pelo desempenho em simples. Por isso, não ocupam posições altas no ranking de duplas da ATP. Enquanto Martínez é 186º colocado, Munar aparece apenas em 217º. Mesmo assim, passaram pela parceria cabeça de chave número 1 do Rio Open (Andrés Molteni e Máximo González) nas semifinais e ainda não tinham perdido sets.
Como foi a final de duplas
Assim que a partida começou, Pedro Martínez e Jaume Munar obtiveram quebra de saque, mas Rafa Matos e Marcelo Melo devolveram e ainda conseguiram outras duas depois. Dessa forma, fecharam o primeiro set em 6 games a 2, com tranquilidade. Os espanhóis, por outro lado, se mostravam bastante incomodados com manifestações da torcida, que, em alguns momentos, gritou com a bola em jogo.
No segundo set, os brasileiros enfrentaram break points, mas lutaram e confirmaram os serviços. A parcial, por sinal, foi mais equilibrada do que a primeira. Martínez e Munar chegaram a salvar um match point e provocaram a torcida. Não houve quebras até o 12º game, quando Matos e Melo complicaram a vida dos espanhóis e fecharam a partida em 2 a 0, com 6/2 e 7/5.
Reconhecimento antes da decisão
Enquanto Matos, Melo, Martínez e Munar não entravam em quadra para a final, a organização do Rio Open homenageou atletas do tênis em cadeira de rodas. Entre eles, estavam Vitória Miranda e Luiz Calixto, ambos de 17 anos. Em janeiro, os brasileiros se sagraram campeões de duplas do Australian Open na categoria júnior. Vitória também venceu o torneio de simples em Melbourne.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/m/a/9wTBfSSvKRW5L3x4aGew/54344730818-1f2cc6720d-o.jpg?quality=70&f=auto)
Outros homenageados foram Daniel Rodrigues (Brasil), Gustavo Fernánez, Martín De La Puente (Espanha) e Daniel Caverzaschi (Espanha), que participaram de disputas do Rio Open em 2025.
Fonte: G1