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Um indígena que integra o grupo do governo da Colômbia de buscas às crianças que sobreviveram à uma queda de avião na Amazônia colombiana negou que elas tenham sido localizadas.
Em entrevista à rádio colombiana Caracol nesta sexta-feira (19), Edwin Paki, indígena que vive na região, negou a informação dada pelo governo do país de que as crianças – quatro irmãos com idades entre 11 meses e 13 anos – foram vistas.
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“Foi um mal-entendido. As rádios de comunicação entre os postos de saúde locais são um pouco ruins, e um promotor escutou mal. Dissemos que quatro de nós (da equipe de buscas) estávamos descendo (o rio) de barco, e ele entendeu que eram as crianças”, declarou.
Paki disse, no entanto, que ainda há indícios de que elas estejam vivas, 18 dias após a queda do avião em que estavam.
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“Eles não estão andando em linha reta, estão dando voltas, então não avançam muito na selva”, disse. “Os acampamentos que encontramos na terça-feira foi o indício que eles estariam vivos”.
Na quarta-feira (17), o presidente do país, Gustavo Petro, compartilhou no Twitter que as crianças haviam sido encontradas com vida. As Forças Armadas e o órgão do governo responsável pelas buscas retificaram a informação, alegando que havia indícios de que os irmãos estão vivos, mas que eles não haviam sido encontrados ainda.
Mais tarde, Petro apagou então o tuíte e corrigiu a informação, dizendo que o grupo ainda não foi encontrado.
A postura do presidente foi fortemente criticada na Colômbia, onde o desaparecimento das crianças causou uma forte mobilização.
Até agora, sabe-se que:
- As buscas são por Lesly Jacobombaire Mucutuy, de 13 anos; Soleiny Jacobombaire Mucutuy, de 9 anos; Tien Noriel Ronoque Mucutuy, de 4 anos; e Cristin Neriman Ranoque Mucutuy, de apenas 11 meses
- As crianças são indígenas da etnia huitoto e são irmãs.
- Um dos três corpos de adultos encontrados é da mãe dos jovens.
- Outra vítima era um dos líderes da comunidade indígena.
- O voo faria o trajeto entre Caquetá e San José del Guaviare, uma das principais cidades da Amazônia colombiana, mas caiu após o piloto reportar problemas na aeronave, que desapareceu dos radares logo depois.
- As buscas ocorrem em uma região de mata densa e de difícil acesso.
- Indígenas de comunidades locais e cerca de cem oficiais participam da operação, que também conta com três cães farejadores.
- A Força Nacional encontrou pertences das crianças, o que parecia ser um acampamento improvisado e frutas mordidas, sugerindo que os jovens ainda poderiam estar vivos.
Fonte: Agências