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Quase 2 mil crianças foram separadas de seus pais ao entrar ilegalmente na fronteira dos Estados Unidos a partir do México em um período de seis semanas. A informação do Departamento de Segurança Nacional dos EUA foi obtida pela agência de notícias Associated Press.
Segundo os dados, 1.995 menores de idade foram separados de 1.940 adultos que os acompanhavam na travessia entre os dias 19 de abril e 31 de maio.
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No início de maio, o governo passou a aplicar de forma rigorosa uma normativa segundo as quais as famílias que entram de forma clandestina no país são imediatamente separadas e as crianças menores levadas para instalações desconhecidas por seus pais. Quando anunciou a política de “tolerância zero”, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, argumentou que as crianças não poderiam ser presas com os adultos.
A medida foi elaborada e aprovada durante o governo de Barack Obama, apesar de ter sido aplicada apenas em casos excepcionais. Seu endurecimento causou polêmica nacional. A ONU denunciou uma “violação grave dos direitos da criança” e pediu o fim de sua aplicação.
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Para o presidente Donald Trump, a culpa é dos congressistas democratas, apesar de o Partido Republicano controlar as duas câmaras do Congresso.
“Detesto que essas crianças sejam separadas (de suas famílias). Os democratas têm que mudar a lei. É a lei deles”, afirmou Trump em um incomum contato direto com a imprensa nos jardins da Casa Branca.
“Podemos mudar a lei esta noite, podemos fazer isso agora mesmo. Mas precisamos dos votos dos democratas”, alfinetou.
Trump recordou que os republicanos têm uma maioria de apenas um voto no Senado, e, por isso, a aprovação de uma nova lei migratória requer o apoio dos democratas.
“Essas crianças podem ser atendidas rapidamente e de forma imediata. Mas os democratas forçaram esta nação a essa lei. Detesto ver essa separação de pais e filhos”, insistiu o presidente.
Fonte: Yahoo!