23 de outubro, 2024

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Quanto mais espuma na cerveja, melhor? A história diz que sim

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O que contribui para a melhor experiência ao beber cerveja? Alguns gostam da bebida em um copo gelado, outros com uma rodela de limão. Mas quando se trata de espuma – ou colarinho, como é comumente conhecida –, qual é a melhor quantidade e como ela pode ser alcançada?

Muita espuma e você fica com uma mancha de bolhas no rosto penduradas no nariz enquanto tenta desesperadamente pegar a cerveja embaixo. Mas pouca espuma causará problemas no estômago. Veja bem, se não houver espuma, o CO2 fica dissolvido na cerveja. Se você comer alguma coisa, a espuma irrompe em seu estômago, e não no copo, causando inchaço. É por isso que virar o copo para evitar o colarinho é um erro de novato.

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Na esperança de resolver esse problema, uma empresa no Japão projetou uma lata de cerveja com dois puxadores, que controlam o nível de espuma produzido ao abrir a lata, resultando na quantidade ideal.

Esse é apenas o desenvolvimento mais recente na tecnologia da cerveja. A humanidade tem perseguido a cerveja perfeita desde o início do consumo dessa bebida, que as evidências sugerem ter ocorrido há cerca de 13 mil anos perto de Haifa, em Israel – o mais antigo registro conhecido de álcool produzido por humanos.

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Quanto mais espuma na cerveja, melhor? A história diz que sim (Foto: Reprodução)

Sob pressão

O consumo de cerveja evoluiu ao longo do tempo. Os primeiros produtores e consumidores em Israel foram os natufianos, um grupo de caçadores-coletores do Mediterrâneo oriental. A cerveja deles não era filtrada, o que a fazia parecer um mingau ralo.

Isso levou à invenção de canudos de cerveja por volta do 5º ao 4º milênio no Irã e no Iraque, que apresentavam um filtro na ponta para reter os sólidos. Esses canudos eram semelhantes em design a uma bombilla moderna (canudo de chá de erva-mate usado por pelo menos quatro séculos na América do Sul).

O próximo salto significativo na fabricação de cerveja não foi a garrafa de vidro, mas outro fechamento hermético: o barril. Os avanços na tanoaria (fabricação de pipas e barris de madeira) durante a Idade Média fizeram com que o CO2 produzido pela levedura durante a fermentação permanecesse na solução dentro do recipiente, em vez de se dissipar e dar a consistência de mingau das cervejas anteriores.

Isso significava que a cerveja poderia ser retida e dispensada sob pressão pela primeira vez. A inovação alterou inexoravelmente a aparência e o sabor da cerveja, pois ela se tornava efervescente e espumosa quando servida fresca. A espuma era um componente vital da cerveja adequada, porque mostrava seu frescor.

Um bom colarinho

A cabeça espumosa [em inglês, o colarinho é chamado de head] já foi chamada de “colar” – termo que apareceu pela primeira vez impresso no romance A rua das ilusões, de John Steinbeck, de 1945. Parece não haver nenhuma história de origem ligada ao apelido. E, infelizmente, parece haver menos necessidade de aplicar um nome à espuma da cerveja, uma vez que a sociedade se desviou das técnicas adequadas de servir a bebida.

Virar o copo ao tirar cerveja pode resultar em experiência menos prazerosa (Foto: Reprodução)

Tradicionalmente, permitia-se que a cerveja espumasse tanto enquanto era servida que era necessário um “raspador de espuma” (também conhecido como “lâmina de espuma” ou “cortador de cabeça”) para raspar o excesso da borda do copo.

Uma espuma grande era obtida despejando a cerveja em um copo vertical e estimulando a formação excessiva de espuma. Essa técnica dissipa o CO2 aprisionado e traz elementos de sabor positivos para o primeiro plano.

Hoje em dia, você nota que os copos são virados enquanto a cerveja é servida. Isso é feito para minimizar a espuma, mas leva a uma experiência menos agradável e gasosa, em vez de um gole cremoso e tostado.

Da próxima vez que pedir uma cerveja, peça ao barman para derramar a bebida âmbar em um copo vertical. Isso tudo para dizer: não tenha medo da espuma, ela é essencial para sua diversão.

Fonte: Galileu

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