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Seu nome é muito pouco festivo: 46P/Wirtanen. Já o apelido é mais simpático, “o cometa de Natal”, pois ele aparece para anunciar a celebração natalina.
O 46P completa sua órbita a cada 5 anos e meio e, na maioria da vezes, passa muito longe da Terra para ficar visível a nós. Os astrônomos estimam que essa passagem será mais próxima da Terra em 70 anos.
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No dia 16 de dezembro, porém, o cometa poderá ser visto por aqui, segundo a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa). Para os amantes da astronomia, ele virá com uma novidade: será o mais brilhante cometa a passar perto do planeta nos últimos 20 anos.
Mesmo visível, o cometa estará a cerca 11,6 milhões de quilômetros da Terra (mais ou menos 30 vezes a distância entre a Terra e a Lua).
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Ainda que isso pareça muito, os especialistas acreditam que ele poderá ser visto a olho nu.
Excelentes condições de visualização
Segundo observadores da Cometa Wirtanen da Universidade de Maryland, ao menos nos Estados Unidos, as condições de observação serão excelentes.
A universidade, que tem uma página na internet dedicada a seguir o 46P, afirma que a expectativa é que o cometa fique visível “a maior parte da noite” nos Hemisférios Norte e Sul, quando ele estiver passando mais perto da Terra.
Segundo os estudiosos da universidade, a aparição de 2018 será histórica por um motivo: será o décimo cometa a passar mais perto da Terra em tempos modernos.
Verde e hiperativo
O “cometa do Natal” é verde. A cor é recorrente em cometas, como Lovejoy e Machhol, e se deve a sua coma – a nuvem brilhante de gás e poeira que o envolve. Ela tem cianogênio e carbono diatômico, que brilham na cor verde quando são ionizadas pela luz do sol.
O “cometa de Natal” também é “hiperativo”. Especialistas afirma que esses parecem “emitir mais água do que deveriam devido ao tamanho do seu núcleo”, explica a Universidade de Maryland.
O efeito ocorre devido ao fato de que o núcleo 46P contém uma grande quantidade de gelo volátil, que aquece e alimenta o coma, enquanto o cometa viaja a uma velocidade de 34.200 quilômetros por hora.
A aparição do 46P deveria ser a mais memorável desde que o ele foi descoberto, há 70 anos, por Carl Wirtanen no Observatório Lick de Mount Hamilton, na Califórnia, em 17 de janeiro de 1948.
Fonte: BBC