25 de novembro, 2024

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Quadro feito por algoritmo é comprado por R$ 1,6 milhão em leilão nos EUA

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Um retrato feito por um algoritmo foi vendido nesta quinta-feira (25) por US$ 432.500 (R$ 1,6 milhão) e se tornou a primeira obra de arte de inteligência artificial comercializada em uma importante casa de leilões, informou a Christie’s.

À primeira vista, “Edmond de Belamy”, o retrato de um homem vestido de preto e emoldurado em ouro, poderia ser qualquer retrato padrão dos séculos XVIII ou XIX.

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Em vez de assinatura, uma fórmula

De perto a imagem é mais intrigante. O rosto é borrado e a pintura está aparentemente inacabada. No lugar da assinatura de um artista, há uma fórmula matemática.

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Trata-se de uma criação do coletivo francês Obvious, cujo objetivo é usar a inteligência artificial para democratizar a arte. Para fazer a pintura, o artista Pierre Fautrel criou US$ 15 retratos clássicos por meio de um software.

Uma vez que o programa “entendeu as regras do retrato”, usando um novo algoritmo desenvolvido pelo pesquisador da Google Ian Goodfellow, gerou uma série de novas imagens por si só, disse Fautrel.

O coletivo francês selecionou 11 e os chamou de “família Belamy”, um dos quais foi arrematado nesta quinta-feira por 432.500 dólares em um leilão da Christie’s, em Nova York.

O preço superou as estimativas de pré-venda, que oscilavam entre os US$ 7 mil e 10 mil. Mas isso é arte? Fautrel, de 25 anos, insiste que sim:

“Inclusive mesmo se for o algoritmo a criar a imagem. Foram pessoas que decidiram fazer isso, que decidiram imprimir em uma tela, assiná-lo com uma fórmula matemática e colocá-lo em uma moldura dourada”.

O artista responsável pela criação comparou a arte da inteligência artificial com as primeiras fotografias da década de 1850, que, segundo os críticos da época, eram questionáveis por “não serem arte e destruírem artistas”.

Richard Lloyd, diretor de gravuras da Christie’s, insistiu para que o coletivo colocasse a tela à venda, a fim de fomentar o debate sobre a inteligência artificial na arte.

“Sei que é um debate que está sendo amplamente desenvolvido, e pensei que, de alguma forma, isso marcou uma linha divisória, ou um ponto de inflexão”.

Deixando de lado o debate da arte, existem, também, questões legais. O artista é o coletivo ou o algoritmo? Os direitos autorais ficam a cargo de quem? Para Lloyd, este é apenas o começo da arte da inteligência artificial.

Fonte: Yahoo!

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