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O presidente russo Vladimir Putin esteve na cidade de Mariupol, informou a mídia estatal russa neste domingo (19). Segundo informações da RFI, a ida de Putin à região representa a primeira visita do chefe do Kremlin ao território ocupado desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O porto de Mariupol, localizado no Mar de Azov, no sudeste da Ucrânia, está ocupado pelas forças russas desde maio passado.
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A guerra da Ucrânia já dura mais de um ano e já matou milhares de pessoas e reduziu cidades inteiras a escombros.
Desde o início dos conflitos, Mariupol foi um dos principais alvos dos russos.
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No dia 10 de março deste ano, uma maternidade da cidade foi atingida por bombardeios russos, de acordo com a Câmara Municipal do município. O Ministério da Defesa da Rússia negou que ordenou o ataque aéreo e acusou a Ucrânia de forjar o bombardeio.
Visita surpresa à Crimeia
A viagem aconteceu um dia depois de Vladimir Putin fazer uma visita surpresa à Crimeia para marcar o nono aniversário da anexação da península pela Rússia.
A Rússia tomou a Crimeia em 2014, oito anos antes de lançar sua invasão em grande escala da Ucrânia.
A Ucrânia diz que lutará para expulsar a Rússia da Crimeia e de todos os outros territórios que o país ocupou na guerra.
Mandado de prisão contra Putin
Na sexta-feira, um mandado de prisão foi emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente russo. Ele é acusado de ser responsável por crimes de guerra na Ucrânia. Moscou nega que suas tropas tenham cometido atrocidades durante o conflito no país vizinho.
O tribunal também emitiu uma ordem de prisão contra Maria Alekseyevna Lvova-Belova, a comissária russa para os direitos da criança.
Putin “é suspeito de ser responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população [infantil] e transferência ilegal de população [infantil] das áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”, afirmou o tribunal em um comunicado à imprensa.
Desde o início da guerra na Ucrânia, que completou um ano em 24 de fevereiro, a Rússia vem sendo acusada por organizações não-governamentais, por Kiev e até por uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) de sequestrar crianças em regiões ucranianas tomadas pelo Exército do país e levá-las centros de “reeducação” em território russo.
Segundo a Câmara de Pré-Julgamento II, esse tipo mandado de prisão costuma ser secreto, mas nesse caso foi divulgado para sensibilização do público aos crimes cometidos, principalmente porque é um crime que ainda está em andamento.
O que diz a Rússia
O próprio Kremlin já admitiu o envio dos jovens ucranianos à Rússia, mas alega tratar-se de órfãos. O governo russo chamou a decisão do TPI de “sem sentido”.
“As decisões do Tribunal Penal Internacional não têm sentido para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
O líder do Kremlin deve receber seu colega chinês, o presidente Xi Jinping, esta semana, em Moscou.
Fonte: Yahoo!