26 de novembro, 2024

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Putin diz que vai posicionar armas nucleares táticas em Belarus

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, neste sábado (25), que Moscou prevê instalar armas nucleares “táticas” no território de Belarus.

O território, aliado da Rússia, faz fronteira com três membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan): Polônia, Letônia e Lituânia.

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É a primeira vez desde a metade da década de 1990 que a Rússia posiciona armas nucleares fora de seu país, segundo a agência Reuters.

“Aqui não há nada inédito: os Estados Unidos fazem isso há décadas. Eles têm suas armas nucleares tácticas posicionadas há muito tempo em território de seus aliados”, justificou Putin em uma entrevista difundida pela televisão russa.

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“Nós decidimos fazer o mesmo”, acrescentou, afirmando que contava com o aval do governo bielorrusso.

Especialistas disseram à Reuters que o anúncio é significativo, já que a Rússia até agora se orgulhava de não usar armas nucleares fora de suas fronteiras, ao contrário dos Estados Unidos.

“Isso faz parte do jogo de Putin para tentar intimidar a Otan, porque não há utilidade militar em fazer isso em Belarus, já que a Rússia tem muitas dessas armas e forças dentro da Rússia”, disse à Reuters Hans Kristensen, diretor do projeto de informação nuclear da Federação de Cientistas Americanos.

Por que Putin mudou posicionamento?

Putin também disse que o plano foi uma resposta à decisão da Grã-Bretanha na semana passada de fornecer à Ucrânia munições perfurantes contendo urânio empobrecido.

A Rússia alegou falsamente que essas rodadas têm componentes nucleares, segundo a agência Associated Press.

A expectativa do governo russo é de terminar a construção do armazenamento dessas armas nucleares em Belarus até 1º de julho deste ano.

Discussão de paz

Apesar do anúncio agressivo neste sábado (25), mais cedo na semana, Putin se reuniu com o presidente da China, Xi Jinping, para discutir um plano de paz do aliado para encerrar a guerra contra Ucrânia.

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, também esteve no país no mesmo período.

Os Estados Unidos têm rejeitado a ideia de seguir um plano chinês, por causa da recusa da Pequim em condenar a invasão e pela possibilidade de garantir ganhos territoriais para a Rússia.

Fonte: Yahoo!

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