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Conservar apenas 1,2% da área terrestre total pode ser o suficiente para prevenir a extinção de milhares de mamíferos, aves, anfíbios e plantas raros, que têm distribuição restrita ou estão ameaçados. Isso é o que indica um estudo publicado na revista Frontiers in Science publicado na segunda-feira (24).
As áreas identificadas são chamadas “imperativos de conservação” e mais da metade delas estão concentradas no Brasil, na Colômbia, nas Filipinas, na Indonésia e em Madagascar. Elas foram estabelecidas a partir de análises de biodiversidade sobrepostas a mapas de áreas protegidas, o que permitiu identificar 16,8 mil locais desprotegidos que necessitam de atenção imediata.
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“A proteção desses últimos habitats remanescentes pode evitar a extinção iminente, fornecer importantes populações de origem para a recuperação futura dessas espécies e liderar o esforço para deter a sexta extinção em massa”, disse o coautor do estudo, Andy Lee, ao site Interesting Engineering.
Quase 40% dos imperativos de conservação estão próximos a áreas protegidas existentes. Os pesquisadores também calcularam qual seria o custo total gasto para sua conservação. “Estimamos que custaria US$ 169 bilhões para proteger todos os Imperativos de Conservação nos trópicos e US$ 263 bilhões em todo o mundo”, afirmou Lee. Seriam US$ 53 bilhões por ano, considerando um plano de conservação de cinco anos.
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O estudo revela como a extinção de espécies pode ser evitada, mas não significa que isso seria suficiente para conservar por completo a natureza no planeta. Mesmo assim, a preservação da vida selvagem segue sendo medida fundamental para conter a crise climática, uma vez que a proteção da biodiversidade passa por proteger a cobertura florestal terrestre.
“O que deixaremos para as gerações futuras? Uma Terra saudável e vibrante é fundamental para passarmos adiante”, afirmou Eric Dinerstein, da ONG Resolve e principal autor do artigo, em comunicado.
Fonte: Um Só Planeta