19 de setembro, 2024

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Proteger só 1,2% da área da Terra poderia evitar sexta extinção em massa de espécies

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Conservar apenas 1,2% da área terrestre total pode ser o suficiente para prevenir a extinção de milhares de mamíferos, aves, anfíbios e plantas raros, que têm distribuição restrita ou estão ameaçados. Isso é o que indica um estudo publicado na revista Frontiers in Science publicado na segunda-feira (24).

As áreas identificadas são chamadas “imperativos de conservação” e mais da metade delas estão concentradas no Brasil, na Colômbia, nas Filipinas, na Indonésia e em Madagascar. Elas foram estabelecidas a partir de análises de biodiversidade sobrepostas a mapas de áreas protegidas, o que permitiu identificar 16,8 mil locais desprotegidos que necessitam de atenção imediata.

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Imperativos de conservação identificados na pesquisa estão localizados em regiões tropicais do planeta (Foto: Dinerstein et al/Frontiers)

“A proteção desses últimos habitats remanescentes pode evitar a extinção iminente, fornecer importantes populações de origem para a recuperação futura dessas espécies e liderar o esforço para deter a sexta extinção em massa”, disse o coautor do estudo, Andy Lee, ao site Interesting Engineering.

Quase 40% dos imperativos de conservação estão próximos a áreas protegidas existentes. Os pesquisadores também calcularam qual seria o custo total gasto para sua conservação. “Estimamos que custaria US$ 169 bilhões para proteger todos os Imperativos de Conservação nos trópicos e US$ 263 bilhões em todo o mundo”, afirmou Lee. Seriam US$ 53 bilhões por ano, considerando um plano de conservação de cinco anos.

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Vista do Monte Pascoal, na Bahia. Florestas costeiras do estado estão entre as regiões de conservação identificadas em novo estudo (Foto: Eduardo Soares/Wikimedia Commons)

O estudo revela como a extinção de espécies pode ser evitada, mas não significa que isso seria suficiente para conservar por completo a natureza no planeta. Mesmo assim, a preservação da vida selvagem segue sendo medida fundamental para conter a crise climática, uma vez que a proteção da biodiversidade passa por proteger a cobertura florestal terrestre.

“O que deixaremos para as gerações futuras? Uma Terra saudável e vibrante é fundamental para passarmos adiante”, afirmou Eric Dinerstein, da ONG Resolve e principal autor do artigo, em comunicado.

Fonte: Um Só Planeta

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