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Uma série de teóricos da conspiração em busca de assumir os principais cargos eleitorais dos Estados Unidos perdeu a corrida nos Estados em disputa, após meses de avisos de especialistas eleitorais e democratas de que sua ascensão poderia ameaçar a própria democracia norte-americana.
O revés final aconteceu no sábado em Nevada, onde o republicano Jim Marchant, que ajudou a organizar candidatos sob a bandeira “America First”, perdeu sua tentativa de se tornar a maior autoridade eleitoral do Estado para o democrata Cisco Aguilar, conforme projetado pela Edison Research.
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Marchant e candidatos que compartilham a mesma opinião ecoaram as falsas alegações do ex-presidente Donald Trump de que a eleição de 2020 foi fraudada e prometeram reformar o aparato eleitoral em Estados cruciais como Michigan, Pensilvânia e Arizona de olho em 2024, quando Trump deve buscar a Casa Branca mais uma vez.
Suas derrotas são um sinal de que os eleitores rejeitaram tendências antidemocráticas em eleições apertadas de meio de mandato.
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Os democratas do presidente Joe Biden também mantiveram a maioria no Senado, projetou a Edison Research no sábado, enquanto as autoridades permanecem contabilizando os votos em 20 disputas que determinarão o controle da Câmara dos Deputados dos EUA.
Mas a “onda vermelha” que os republicanos esperavam dar a eles ampla maioria no Congresso e posicioná-los de modo a influenciar o resultado da corrida à Casa Branca em 2024 não se concretizou.
Em uma entrevista, Aguilar disse que sua vitória prova que os norte-americanos estão fartos do negacionismo eleitoral, dois anos após a derrota de Trump.
“Acho que também mostrou que os eleitores estão cansados do caos, e o caos não funciona”, disse Aguilar. Marchant não respondeu aos pedidos de comentário.
Nos Estados do Arizona, Nevada e Michigan, os candidatos do “America First” foram indicados para secretário de Estado, cargo que supervisiona as eleições. Sua ascensão estabeleceu um nível incomum de atenção e gastos para as disputas, que historicamente têm sido reflexões políticas tardias em comparação com as batalhas no campo pelo Congresso e pelos governos.
Todos esses candidatos perderam. Nenhum admitiu publicamente a derrota.
Na Pensilvânia, onde o governador nomeia o secretário de Estado, o candidato republicano ao cargo foi Doug Mastiano, que ajudou apoiadores chegarem de ônibus a Washington para os protestos de 6 de janeiro de 2021, que se transformaram em um ataque ao Capitólio, e disse que não teria certificado os resultados de 2020. Ele perdeu decisivamente para Josh Shapiro, o procurador-geral democrata.
O único candidato do “American First” a ganhar uma corrida eleitoral para secretário de Estado na terça-feira foi Diego Morales, de Indiana – que é solidamente republicana.
Os negacionistas das eleições ficaram consistentemente atrás de outros candidatos republicanos em todo o Estado, de acordo com o Brennan Center for Justice, da Universidade de Nova York.
“Isso me diz que os norte-americanos entenderam o que está em jogo e estão firmemente do lado de eleições livres e justas”, disse Lawrence Norden, diretor sênior do programa de eleições e governo do Brennan.
Os temores de violência política – alimentados por um pico nas ameaças contra funcionários eleitorais e observadores armados nas urnas – também se mostraram infundados, pelo menos até agora.
No entanto, muitos republicanos negacionistas das eleições venceram outras corridas em todo o país.
As falsas alegações de Trump sobre a eleição de 2020 têm permeado a base republicana, levando muitos candidatos a se recusarem a repudiar as declarações do ex-presidente ou a aceitá-las completamente.
Uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que cerca de dois terços dos eleitores republicanos acreditam que a eleição foi roubada de Trump.
Fonte: Yahoo!