18 de maio, 2024

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Promessa de Netanyahu de anexar colônias da Cisjordânia gera críticas

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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que prevê anexar as colônias na Cisjordânia ocupada caso vença as eleições legislativas de terça-feira, uma declaração critica inclusive por seu principal adversário, o general linha dura Benny Gantz.

Em uma entrevista à cadeia de televisão israelense 12, Netanyahu foi indagado se tinha um projeto de anexar as colônias israelenses na Cisjordânia, o que ele respondeu afirmativamente.

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“Aplicarei a soberania (israelense) sem fazer distinções entre os (maiores) blocos de colônias e os assentamentos isolados”, declarou.

Três dias antes das eleições, as declarações de Netanyahu são um aceno para os eleitores conservadores.

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Benny Gantz, ex-chefe de gabinete e principal rival de Netanyahu, condenou essas afirmações.

O líder da coalizão centrista da formação Azul-Branco questionou, em uma entrevista que concedeu ao site de informações da Ynet, por que Netanyahu “não anexou a Cisjordânia durante os 13 anos em que esteve no poder se essa era sua intenção”, e ainda chamou as declarações do atual premiê de “irresponsáveis”.

Questionado sobre sua posição, Benny Gantz disse que se opunha a qualquer decisão “unilateral”.

“Faremos todo o possível para alcançar um acordo de paz regional e global, mantendo-nos fiéis aos nossos princípios”, explicou.

Um alto dirigentes da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Saëb Erakat, estimou que a declaração de Netanyahu não foi “surpreendente”.

“Israel continuará a violar cinicamente a lei internacional, desde que a comunidade internacional permita que o Estado judeu ignore suas obrigações com total impunidade, particularmente com o apoio do governo Trump dos Estados Unidos, declarou no Twitter.

A Turquia também criticou neste domingo as “declarações irresponsáveis” do primeiro-ministro de Israel.

“A Cisjordânia é território palestino ocupado por Israel em violação do direito internacional. As afirmações irresponsáveis de primeiro-ministro Netanyahu visando garantir alguns votos antes de uma eleição geral”, declarou o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, no Twitter.

“As democracias ocidentais vão reagir ou permanecer quietas? Vergonha!”, declarou, por sua vez, Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também no Twitter.

Antes, o porta-voz do partido de Erdogan (AKP, islamoconservador), Omer Celik, fez um apelo para “acabar com a loucura de Netanyahu”.

As colônias instaladas nos territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967 são ilegais sob a lei internacional, e grande parte da comunidade internacional as considera um dos principais obstáculos para alcançar a paz no Oriente Médio.

Sua anexação por Israel poderia significar a morte definitiva da chamada solução de dois Estados, isto é, a criação de um Estado palestino que coexistiria com Israel.

Eleições acirradas

O primeiro-ministro já havia dito na sexta-feira que falou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que Israel rejeitaria, dentro da estrutura de um futuro plano de paz com os palestinos, “retirar uma pessoa sequer das colônias”.

Mais de 400.000 israelenses vivem em colônias na Cisjordânia ocupada, e outros 200.000 residem em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Santa anexado por Israel.

“A manutenção do controle (israelense) em todo o território a oeste do rio Jordão” é outra condição israelense antes de qualquer plano de paz iniciado pelos Estados Unidos”, segundo Netanyahu.

Benjamin Netanyahu se vangloria de ter um bom relacionamento com Trump, ao contrário do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que rompeu relações com Washington após o final de 2017 o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

Donald Trump se mostrou prudente no sábado antes das eleições em Israel.

“Quem vencerá a corrida eleitoral? Eu não sei”, disse o presidente durante a convenção anual da Republican Jewish Coalition, em Las Vegas, três dias antes da eleição.

“Eu acho que vai ser acirrado”, acrescentou.

“Dois homens de bem, dois homens de bem”, disse ainda.

As últimas pesquisas permitidas antes das legislativas dão empate para Benjamin Netanyahu e Benny Gantz, mas uma leve vantagem para o atual primeiro-ministro de formar o próximo governo.

Fonte: Yahoo!

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