17 de novembro, 2024

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Projeto preserva peixes do Rio Tietê de efeitos da obra de duplicação da maior ponte do estado de SP

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A maior ponte do estado de São Paulo, com quase 2,5 quilômetros de extensão, está sendo duplicada. Ela fica sobre o Rio Tietê e liga Pongaí (SP) a Novo Horizonte (SP) e toda obra representa um risco para a fauna do rio.

Por causa disso, a concessionária responsável pelo trecho da SP-333 onde fica a Ponte Gilberto Paim Pamplona e uma empresa de serviço ambiental estão desenvolvendo um trabalho para garantir a conservação e proteção dos peixes.

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Um longo e complexo trabalho de engenharia já começou no local. Nesta fase inicial, a concessionária está fazendo o aterramento na cabeceira do rio. É preciso elevar o nível em 4 metros para a pista ser construída.

Para isso, primeiro eles fazem uma “cama” de rochas para dar sustentação e depois jogam terra até atingir a altura certa. Ao jogar as rochas no rio, isso poderia representar um risco para os peixes que vivem às margens do Rio Tietê, aumentando o índice de mortalidade deles.

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Desde o início das obras, a concessionária e a empresa de serviço ambiental estão desenvolvendo um trabalho específico para garantir a conservação das espécies que vivem nessas águas.É o chamado resgate de fauna.

Obras de duplicação da ponte afetam às margens do Rio Tietê no centro-oeste paulista (Foto: TV TEM/ Reprodução)

“A obra toda tem previsão de conclusão até dezembro de 2026, mas essa atividade específica de resgate de peixes, ela deve ir até fevereiro de 2025 agora. Isso é quando a gente finaliza essa etapa de alargamento dos aterros e reposição de rochas. Depois disso, toda a interferência que será feita, será feita sem interferência direta no recurso hídrico”, explica o gerente de Meio Ambiente da concessionária, Osnir Giacon.

Primeiro, eles colocaram uma contenção de 400 metros próxima à margem do rio para impedir que os peixes se aproximem do local das obras. É uma espécie de rede, feita de geotêxtil. Mesmo assim alguns peixes acabam ultrapassando ou mesmo já estavam do lado da margem. Aí entra o trabalho de captura.

Os funcionários jogam a tarrafa, usam rede ou um barco para retirar os peixes da margem e todos são estudados. Eles analisam a espécie, tamanho, peso e as espécies nativas, como lambari e traíra, são devolvidas ao rio a uma distância segura. Já as espécies invasoras como a tilápia, são abatidas.

“Nós temos um trecho médio do Rio Tietê que foi muito influenciado pelas barragens. Então algumas espécies foram soltas, que são espécies da Amazônia, por exemplo. A gente tem uma espécie muito comum que veio da Amazônia que é o porquinho, a gente tem a tilápia. Muitos peixes que não são nativos foram soltos aqui e isso predomina nas espécies resgatadas ”, afirma Welber Smith, biólogo e coordenador do projeto.

Não são só os peixes que vivem no local. Os biólogos também monitoram capivaras, lontras e até uma cobra sucuri de 4 metros e cerca de 100 quilos está vivendo tranquilamente às margens do rio.

A obra de duplicação da ponte deve terminar só no final de 2026. Já o trabalho de resgate dos peixes segue até fevereiro do ano que vem, que é quando terminam as obras de alargamento da rodovia.

“Como toda obra de infraestrutura, ela passou por um processo de licenciamento. Então, nós tivemos a licença prévia e a licença de instalação, ambas obtidas pela Cetesb, que a companhia ambiental do estado e dentro essa licença existe uma série de condicionantes e uma das condicionantes é esse trabalho de resgate da fauna. Não só a do rio, mas também os animais que vivem no entorno”, finaliza o gerente de Meio Ambiente.

Captura das espécies que conseguiram furar a barreira é parte do trabalho de recuperação da fauna no Tietê (Foto: TV TEM/ Reprodução)

Fonte: G1

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