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Profissionais da saúde de São Paulo aprovaram um indicativo de greve de 48 horas a partir do dia 1º de outubro. Em Botucatu, a paralisação deve atingir unidades de referência como o Hospital das Clínicas, Hospital Estadual, Hospital Cantídeo e o Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas (SARAD).
O movimento foi confirmado na quarta-feira (24), durante o Conselho de Delegados Sindicais Ampliado do SindSaúde-SP. A categoria reivindica o pagamento da Bonificação por Resultados (BR), que deveria ter sido depositada em 5 de setembro, além da definição de um novo valor para o auxílio-alimentação, não apresentada pelo governo dentro do prazo acordado.
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Segundo o sindicato, a greve havia sido aprovada em assembleia em junho, mas foi suspensa após sinalização de abertura de diálogo por parte do governo estadual. No entanto, como os compromissos não foram cumpridos, a paralisação foi retomada.
“Houve uma abertura de diálogo com o governo. Nós fomos chamados e cumprimos a nossa parte. A greve foi suspensa, mas mantivemos o estado de greve enquanto durou o período para que os pagamentos fossem efetivados. Como os acordos não foram efetivados, agora é greve”, afirmou o presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi.
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O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT), que esteve presente no Conselho, declarou que a responsabilidade é do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos): “Ele negociou, mas não pagou os direitos dos trabalhadores. O prazo de 60 dias venceu e não há garantias de que os compromissos serão honrados”.
De acordo com a legislação de greve em serviços essenciais (Lei nº 7.783/1989), o sindicato deve notificar oficialmente os hospitais e a Secretaria da Saúde com antecedência mínima, garantindo que a população seja informada. Mesmo durante a paralisação, é obrigatória a manutenção de atendimentos emergenciais, como pronto-socorro, UTI, oncologia e hemodiálise, para não colocar vidas em risco.