10 de outubro, 2024

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Professora é indiciada como coautora de estupro de adolescente em sala de aula no Paraná, diz polícia

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Uma professora de português, de 43 anos, foi indiciada pela Delegacia da Mulher de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, nesta quinta-feira (9), como coautora do estupro de uma adolescente de 12 anos, que era aluna dela em um colégio público.

De acordo com a delegada Franciela Alberton, a vítima foi obrigada a fazer sexo oral em dois colegas de classe, ambos com 12 anos, dentro da sala de aula. A situação ocorreu enquanto os alunos assistiam um filme e a professora estava presente, em novembro de 2018.

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Segundo a Polícia Civil, durante a investigação, dois alunos disseram ter contado à professora o que estava acontecendo com a vítima no fundo da sala. Mas a professora não deu importância aos estudantes, continuou mexendo em um notebook e não informou o ocorrido à direção.

Conforme a investigação, após a aula, a vítima foi levada para um matagal nos fundos da escola pelos dois adolescentes. Na ocasião, ela contou ter sido ameaçada por eles e, novamente, estuprada.

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Segundo a delegada, a professora tinha a obrigação legal de cuidar, proteger e vigiar a vítima e, nesse caso, deveria agir e tomar as providências cabíveis diante do abuso ocorrido dentro da sala de aula.

Entretanto, ela omitiu o fato, não tomou nenhuma atitude e a direção soube do ocorrido em sala de aula apenas no dia seguinte, após uma das alunas contar o que houve para outra colaboradora da escola, conforme a polícia.

De acordo com a delegada ainda, a professora disse à polícia que permaneceu, durante toda a aula, em contato visual com os alunos e não entende como os fatos ocorreram. Além disso, negou ter sido avisada por estudantes sobre o que estava acontecendo no fundo da sala.

O crime de coautoria pelo estupro de vulnerável prevê pena de oito a 15 anos de reclusão, segundo a polícia.

Desde o ocorrido, a professora foi afastada da escola pública e permanece sem lecionar, conforme a delegada.

A investigação teve início, segundo a polícia, em novembro de 2018 e ouviu diversas testemunhas, como servidores do colégio, alunos e pais dos estudantes.

Adolescentes infratores

Conforme a Polícia Civil, os dois adolescentes foram considerados autores do ato infracional e foram responsabilizados. A determinação judicial, estabelecida em junho de 2020, prevê que eles cumpram medidas socioeducativas de Liberdade Assistida (LA).

A medida terá duração de seis meses, podendo ser prorrogada, segundo a polícia. Nesse período, os infratores serão acompanhados pelas equipes de assistência social de Pato Branco.

Fonte: G1

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