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Um procurador do estado de São Paulo foi preso pela Polícia Federal (PF) por suspeita de abusar sexualmente da filha de oito meses. A PF cumpriu o mandado de prisão preventiva na última sexta-feira, durante a operação Kore 32, deflagrada para apurar crimes de estupro de vulnerável e reprimir a exploração sexual infantil na internet, que inclui a posse e o compartilhamento de imagens de abuso.
Na primeira fase da operação, ainda em junho, dispositivos apreendidos pela polícia indicaram que o suspeito já “possuía, compartilhava e produzia material de abuso sexual infantil”. A perícia confirmou que o investigado abusou sexualmente da filha, conforme informações da PF, mas sua identidade não foi revelada.
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O investigado, considerado foragido, foi preso após ser localizado em um hotel perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ele havia fugido do endereço que forneceu à Justiça, mas foi encontrado e levado à Superintendência Regional da Polícia Federal na mesma cidade, onde aguarda decisão judicial.
“A Operação Kore 32 integra as ações permanentes da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos e reforça o compromisso da Polícia Federal no combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes, fortalecido desde a criação, em 2023, da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos e das delegacias especializadas em todas as Superintendências Regionais”, informou a PF.
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A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) informou que acompanha as investigações e iniciou um processo interno para investigar a conduta do procurador, podendo resultar em sua demissão.
“A Corregedoria e o Gabinete da Procuradora Geral mantêm contato permanente com as autoridades competentes, respeitando o sigilo legal, para garantir que todas as medidas adotadas estejam em plena conformidade com a legislação”, afirmou, em nota divulgada pelo jornal Estadão.
Ações contra abuso infantil
Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou outra operação para combater crimes de abuso sexual infantil. Um homem foi preso em Igarassu, Pernambuco, suspeito de estupro de vulnerável e de comercializar material de abuso sexual de crianças na internet.
As investigações começaram após uma denúncia anônima sobre a venda de pornografia infantil. A análise do conteúdo permitiu identificar o suspeito e apontá-lo como possível autor do estupro retratado nas imagens.
Com a prisão preventiva decretada, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do investigado, apreendendo computadores, celulares e outras mídias que serão periciadas. Dependendo do resultado da análise, o suspeito poderá responder por diversos crimes, como aliciamento de menores, produção, armazenamento, venda e estupro de vulnerável.
No final de junho, a operação Multiplus foi deflagrada com o mesmo intuito. Na ação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Nova Iguaçu (RJ), Londrina (PR), Cuiabá (MT) e Imperatriz (MA). No Paraná, o alvo foi preso em flagrante por armazenar material contendo cenas de abuso sexual infantil.
Fonte: G1 – Foto: PF