05 de novembro, 2024

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Primavera começa com ondas de calor e volta das chuvas regulares; veja como fica o tempo na estação

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Se o fim do inverno ficou marcado no Brasil pela maior seca da história, a primavera deve trazer um alívio com o retorno das chuvas regulares. A nova estação começa às 9h44, horário de Brasília, do próximo domingo (22) e se estende até as 6h21 de 21 de dezembro.

Apesar da volta prevista das chuvas, ainda há risco de novas ondas de calor, especialmente na primeira quinzena do mês de outubro.

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Segundo Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, os próximos meses devem ser característicos de transição de um padrão mais seco e quente para um calor mais ameno e úmido.

“Vamos passar de uma condição de calor mais extremo e seco para uma condição de temperaturas mais moderada, um calor bem abafado e com umidade alta”, analisa.

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De acordo com a Climatempo, as principais tendências para a primavera são:

  • Temperaturas mais próximas da normalidade ao longo da estação

Ainda no início da primavera, a tendência é de temperaturas altas, bem acima da média. Mas, a média que os meses avançam, o esperado é que os desvios de temperaturas se normalizem.

“Até dezembro ainda tem uma boa condição para temperaturas acima da média. A diferença é que não vai ser tão extremo, como foi no ano passado, por exemplo”, explica Lucyrio.

Segundo o meteorologista, é bem improvável que grandes ondas de calor aconteçam nos meses de novembro e dezembro, como aconteceu em 2023.

Boa parte do Centro-Norte e algumas regiões de São Paulo, Paraná e Minas Gerais devem registrar marcas acima da média, principalmente entre outubro e novembro.

Já em dezembro, as temperaturas devem ficar bem mais próximas da normalidade, situação muito diferente do observado no ano passado.

  • Volta das chuvas regulares

Ao longo da estação, a previsão é que as chuvas voltem a cair sobre o país de forma mais regular.

Esse retorno deve contribuir para que as ondas de calor se limitem às áreas do Centro-Norte. Assim, somente a região entre Pará, Tocantins, parte do Nordeste e norte de Goiás devem ter ondas de calor ao longo também de novembro.

“Também diferente do que tivemos no ano passado, devemos ter o retorno mais antecipado das chuvas na maior parte do Brasil, já em novembro”, projeto Lucyrio.

A tendência é que os volumes superem a média em várias partes do Centro-Sul. No Norte, a chuva deve demorar um pouco mais para retornar e para que os acumulados sejam mais significativos.

Dezembro deve ser marcado pelas pancadas de chuva já mais típicas de verão, com a região Sul um pouco mais seca do que o normal – já sob o efeito do La Niña.

Retorno das chuvas

Já a partir de outubro a chuvas devem voltar a acontecer de forma mais regular no país. Mas, o retorno deve acontecer aos poucos ao longo da estação.

No primeiro mês da primavera, a chuva deve voltar a ser mais constante na faixa entre Paraná e São Paulo, passando pelo sul de Goiás e se estendendo até boa parte do Amazonas e o Acre.

Já em novembro, deve retornar para o restante do Sudeste e do Centro-oeste, além do norte do Amazonas, Roraima e Sul do Pará.

Por fim, em dezembro, a chuva volta para o sul da Bahia, Tocantins e Pará.

Chegada do La Niña

Outro evento que deve influenciar o clima ao longo da estação é a instalação do fenômeno La Niña.

La Niña ocorre quando há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano. O fenômeno acontece a cada 3 ou 5 anos.

Atualmente, o Oceano Pacífico está na chamada fase neutra, quando não há atuação de nenhum dos dois fenômenos.

Segundo o relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) divulgado no dia 11 de setembro, há 60% de chance da consolidação do La Niña entre outubro e novembro.

“As anomalias negativas no pacífico devem se intensificar ao longo da estação. É bem provável que o La Niña se instale nessa estação”, analisa Vinicius Lucyrio.

Apesar da previsão de instalação do fenômeno, a tendência é que ele seja de fraca intensidade. Isso porque o aquecimento dos oceanos, de maneira geral, devem amenizar os efeitos do La Niña.

Com a previsão de baixa intensidade, o fenômeno deve ter pouca influência nas chuvas no Brasil. Os efeitos clássicos no país costumam ser:

  • Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
  • Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
  • Tendência de tempo mais seco no Sul;
  • Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.

Fonte: G1

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