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A presidente do Peru, Dina Boluarte, partiu nesta segunda-feira (7) para Belém, no Pará, sua primeira viagem para fora de seu país, liderando a delegação que vai participar da cúpula regional amazônica, na qual serão avaliadas metas para preservar a maior floresta tropical do planeta.
A viagem, no entanto, suscitou polêmica no Peru, pois Boluarte pôde viajar graças a uma lei do Congresso aprovada em junho, que a autoriza a governar por “controle remoto” do exterior diante da carência de um vice-presidente, cargo que está vago desde que ela chegou ao poder.
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Boluarte era vice-presidente até 7 de dezembro, quando substituiu Pedro Castillo, destituído pelo Congresso após sua tentativa frustrada de dissolver o Legislativo e convocar uma Assembleia Constituinte.
Segundo a oposição de esquerda, a lei que permite à presidente se ausentar do país é inconstitucional.
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A congressista Margot Palacios, do partido minoritário Perú Libre, garantiu aos jornalistas que a viagem abre as portas para o impeachment de Boluarte.
“Isto pode fazer com que outras bancadas ou alguns congressistas apresentem uma moção de vacância presidencial porque [Boluarte] está infringindo a Constituição Política do Estado”, assinalou.
Em Belém, Boluarte tem prevista uma reunião com o presidente Lula, anfitrião da cúpula, segundo a Secretaria Presidencial peruana.
Pela primeira vez desde 2009, a cúpula reunirá nesta terça e quarta-feira (8 e 9) os oito países-membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), criado em 1995 para preservar a floresta: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Fonte: Agências