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Em pronunciamento na tarde deste quinta-feira (18), em rede nacional de rádio e TV, o presidente Michel Temer (PMDB) informou que não renunciará de “jeito nenhum”. Temer afirmou que a investigação pedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) vai ser o “território onde surgirão todas as explicações”.
Temer enfrenta sua mais grave crise no cargo, acometido por denúncias de que teria assentido com a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feitas por delatores da JBS. “Não comprei o silêncio de ninguém, sempre honrei meu nome e nunca autorizei usar meu nome indevidamente”, disse Temer.
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Um pouco antes do pronunciamento, o colunista Ricardo Noblat informou em seu blog que o presidente Michel Temer estaria pronto para anunciar sua renúncia ao cargo e deverá fazê-lo ainda nesta quinta-feira. O presidente confirmou que se encontrou com Joesley Batista, da JBS, e que o empresário contou a ele que “auxiliava um ex-parlamentar”.
No dia seguinte à reportagem do Globo que revelou que o presidente Michel Temer deu aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, Temer disse ser vítima de “conspiração”, que está “firme” e que não vai renunciar. O presidente derrubou 17 reuniões nesta quinta-feira.
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Temer diz a amigos que concordou com ‘ajuda humanitária’ a Cunha
O presidente Michel Temer tem dado explicações a amigos e conselheiros próximos sobre as razões que o teriam levado a incentivar o empresário Joesley Batista, da JBS, a dar dinheiro a Eduardo Cunha e ao doleiro Lucio Funaro, que estão presos.
Segundo os relatos, Temer saberia que a família de Cunha passa por grandes dificuldades financeiras, já que ele está com todos os bens bloqueados.
Por isso, ao ouvir de Joesley que o empresário estava pagando uma mesada ao parlamentar, o presidente apoiou a iniciativa.
“Foi tudo num contexto humanitário. O presidente diz que jamais pensou que isso poderia beneficiá-lo com o silêncio do Cunha”, diz um amigo que conversou com o presidente.
No áudio da gravação feita por Joesley e entregue ao Ministério Público Federal, o empresário diz que fazia pagamento a Cunha e a Funaro para que ficassem em silêncio sobre irregularidades envolvendo aliados. Temer então teria respondido: “Tem que manter isso, viu?”.
Fonte: JCNet