Anúncios
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, promulgou neste domingo (24) a lei para convocar novas eleições presidenciais. O projeto de lei inviabiliza nova candidatura do ex-presidente exilado Evo Morales.
Em um ato na sede do governo, a presidente assinou o chamado “Regime Excepcional e Transitório para a realização das Eleições Gerais”, após aprovação unânime no Congresso no sábado (23).
Anúncios
“Chegamos a este dia com a satisfação do dever cumprido, porque esse é o principal objetivo do meu governo: novas eleições no menor tempo possível”, disse Añez durante a cerimônia.
Esta norma anula as eleições em que Morales foi reeleito em 20 de outubro, resultado considerado fraudulento pela oposição e que desencadeou uma série de protestos no país. A Organização dos Estados Americanos (OEA) detectou irregularidades na apuração.
Anúncios
Processo transitório
O regime excepcional e transitório prevê a renovação do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), o registro de eleitores e a participação de todas as forças políticas, embora impeça Morales e seu ex-vice-presidente Álvaro García Linera de serem candidatos.
A nova autoridade eleitoral será responsável por fixar a data das eleições gerais, que devem ser realizadas dentro de um período máximo de 120 dias após a convocação.
Morales foi excluído sob um artigo da Constituição que proíbe a reeleição após dois mandatos. Morales tentou modificar essa regra por meio de um referendo que ele perdeu em 2016 e a a Justiça lhe permitiu concorrer nas últimas eleições.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/s/C/99AlSTTbS1Hm7u2aETyA/2019-11-21t180031z-442830180-rc2ufd92gfn0-rtrmadp-3-bolivia-politics.jpg)
Começa assim um caminho difícil para os bolivianos em busca de uma saída para sua pior crise política em duas décadas, desta vez sem Morales como alternativa. O político que há cerca de 14 anos comandava o país não poderá participar da campanha, algo inédito desde 2002.
Exilado agora no México, o líder de esquerda indígena tornou-se presidente em 2005 e foi reeleito em 2009 e 2014.
Fonte: Yahoo!