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O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez anunciou neste domingo, através de sua conta no Twitter, segundo o jornal paraguaio “ABC Color”, a troca de comando na Polícia Nacional do Paraguai. O anuncio foi feito após o presidente se reunir com seu Conselho de Segurança Interna para tratar do assassinato de uma mulher, cometido pelo traficante carioca Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto.
O crime foi cometido por Marcelo Piloto dentro do quartel onde está preso. A vítima é a argentina Lidia Meza Burgos (foto), de 18 anos, morta com 16 facadas. Ela visitava Piloto pela segunda vez, para um encontro a sós na cela.
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O crime acabou provocando a queda do comandante da polícia nacional , comissário Bartolomé Báez e do subcomandante Luis Paulo Cantero.
Segundo informou ABC Color, o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, anunciou que o chefe de polícia Gregorio Walter Vázquez Alderete será o novo comandante da polícia paraguaia. Já Eladio Sanabria Morán será o novo subcomandante.
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Ainda de acordo com o jornal ABC Color, o novo chefe da Polícia Nacional do país, Walter Vázquez, foi acusado de cobrar propina para escolher os policiais que ocupariam cargos de chefia. O caso aconteceu em julho desse ano quando ele ocupava a direção da Polícia Nacional em San Pedro. Quem estava no posto e não aceitou pagar foi retirado dos cargos. Walter nega as denúncias.
Depois do crime, o próprio advogado de Piloto, Jorge Prieto, afirmou que agora seu cliente precisará ser julgado por homicídio, e que isso deve impedir sua extradição para o Brasil.
Através de sua conta no Twitter, a ministra da Mulher do Paraguai, Nilda Romero, expressou seu repúdio ao caso e cobrou a investigação e punição dos envolvidos.
“Como instituição que salvaguarda a proteção dos direitos das mulheres, não toleramos a violência perpetrada contra as mulheres em nenhuma de suas formas. Lembramos também que o Ministério da Mulher coloca à disposição das mulheres vítimas de violência, serviços de assistência social, psicológica e jurídica. Chega de violência contra as mulheres!” escreveu a ministra.
A extradição de Piloto foi concedida em 30 de setembro, mas ele recorreu e agora é analisada em segunda instância. Até então, o Ministério do Interior do Paraguai acreditava que seu retorno ao Brasil pudesse ocorrer ainda este mês, já que os crimes que cometera por lá (falsificação de documentos e homicídio) são considerados de fácil conclusão.
Piloto se casaria neste sábado dentro da cadeia com Marisa de Souza Penna. A jovem de 24 anos é mulher do traficante e foi presa em outubro junto de outros quatro comparsas enquanto planejava o resgate de Marcelo de dentro da cadeia. A cerimônia não foi realizada porque a juíza que celebraria a união alegou falta de segurança. Marisa teria que sair do presídio onde ela está presa para ir ao local onde Piloto está detido.
Fonte: Extra