28 de novembro, 2024

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Presidente do Equador decreta toque de recolher em Quito após pedir diálogo sobre protestos

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O presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou toque de recolher na capital Quito e arredores. Pela internet, as Forças Armadas do país também anunciaram uma “restrição de mobilidade” por 24 horas, em “áreas sensíveis e de importância estratégica” em todo o território nacional.

Com as medidas, o governo intensificou a repressão aos protestos no Equador, após ter um pedido de diálogo atendido pelo movimento indígena, que lidera parte das manifestações.

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Em uma publicação no Twitter, Moreno afirmou que o toque de recolher vale a partir da tarde deste sábado (12). “Isso facilitará o desempenho da força pública contra os excessos intoleráveis de violência.”

Já a restrição de mobilidade permite aos militares aplicarem medidas de controle em espaços públicos a qualquer hora do dia, com ações que podem incluir o registro de pessoas e veículos.

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O governo já havia decretado toque de recolher parcial em Quito. A medida valia para áreas no entorno de prédios públicos.

Mais cedo, após a decisão do movimento indígena, o prefeito de Quito, Jorge Yunda Machado, anunciou que o presidente deve revisar o decreto sobre o fim da política de subsídios a combustíveis, estopim para os protestos no país.

Em mensagem transmitida na televisão equatoriana na tarde desta sexta (11), Moreno propôs dialogar com representantes indígenas sobre a medida. Ele não detalhou, porém, se faria concessões às exigências dos manifestantes. “O país deve recuperar a calma”, disse o presidente.

Lenín Moreno, presidente do Equador, em discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro — Foto: Jason DeCrow/Arquivo/AP Photo
Lenín Moreno, presidente do Equador (Fotos: Reprodução)

Em um comunicado, a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) afirmou: “Depois de um processo de consulta com as comunidades, organizações, povos, nacionalidades e organizações sociais, decidimos participar do diálogo direto” com Moreno.

Mulheres participam de marcha em Quito, no Equador, neste sábado (12) — Foto: Daniel Tapia/Reuters
Mulheres participam de marcha em Quito, no Equador, neste sábado (12) (Foto: Reprodução)

Crise no Equador

O Equador está desde 3 de outubro sob estado de exceção, medida que deu a Moreno a prerrogativa de convocar forças armadas para conter as manifestações.

Além disso, o governo transferiu a sede de Quito para Guayaquil, cidade litorânea mais distante do epicentro dos protestos.

O decreto que retira os subsídios faz parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter um crédito de US$ 4,2 bilhões – equivalente a cerca de R$ 17,2 bi.

Fonte: Yahoo!


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