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A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se reuniu com o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, do Partido Republicano, nesta quarta-feira (5).
O encontro aconteceu na Califórnia, na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, em Simi Valley.
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“Não estamos isolados e não estamos sós”, afirmou a líder taiwanesa ao deputado. “Sua presença e apoio inabalável reafirmam ao povo de Taiwan que não estamos isolados e não estamos sós”, disse Tsai.
A dirigente taiwanesa também se reuniu com uma delegação de políticos americanos do Partido Democrata.
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Por que o encontro é controverso?
A China considera a ilha de Taiwan como uma província rebelde que faz parte do território chinês e diz que está disposta a retomá-la até mesmo pela força, se necessário.
Sob o princípio de “uma só China”, o governo da China não permite que nenhum país tenha relações diplomáticas com ela e com Taiwan ao mesmo tempo.
Apenas 13 países no mundo reconhecem Taiwan.
O governo dos Estados Unidos há muito tempo mantém uma “ambiguidade estratégica” sobre o assunto, uma doutrina que visa dissuadir a China de invadir Taiwan e impedir que os líderes da ilha provoquem Pequim com uma declaração de independência.
Como a China reagiu?
A China prometeu dar uma resposta firme à reunião, noticiou a agência estatal chinesa Xinhua.
“Em resposta aos atos de conluio gravemente errôneos entre os Estados Unidos e Taiwan, a China tomará medidas firmes e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial”, informou o Ministério das Relações Exteriores, em nota publicada pela Xinhua.
A reunião de quarta-feira “fragilizou gravemente o princípio de uma só China”, segundo o qual nenhum país pode manter relações simultaneamente com Taipé e Pequim, afirmou o ministério.
“A questão de Taiwan é o núcleo dos interesses fundamentais da China e a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada nas relações sino-americanas”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores.
O Ministério da Defesa Nacional também criticou a reunião entre Tsai e McCarthy, segundo a Xinhua.
“Nós nos opomos firmemente a todas as formas de interação oficial entre Estados Unidos e Taiwan e a qualquer visita da líder das autoridades taiwanesas aos Estados Unidos sob qualquer nome e qualquer pretexto”, afirmou o ministério, de acordo com a Xinhua.
O Exército chinês “vai salvaguardar firmemente a soberania e a integridade territorial, assim como a paz e a estabilidade ao redor do estreito de Taiwan”, disse a agência estatal.
Fonte: Agências