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O regime autoritário de Alexander Lukashenko (foto) em Belarus ordenou neste domingo (23) que um avião comercial da empresa Ryanair que fazia o voo entre Atenas (Grécia) e Vilnius (Lituânia) desviasse da rota e pousasse em Minsk. Assim que adentrou o espaço aéreo bielorrusso, um caça acompanhou a aeronave até o aeroporto da capital.
Oficialmente, o regime bielorusso alegou que o desvio foi feito porque haveria explosivos a bordo. No entanto, além de não encontrarem bomba nenhuma no avião, os policiais prenderam Roman Protasevich, ativista de oposição a Lukashenko que estava na aeronave.
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Por isso, tanto opositores do governo de Belarus quanto autoridades de outros países acusaram Lukashenko de ordenar o sequestro de uma aeronave comercial (veja mais no fim da reportagem). Depois do pouso em Minsk, o avião seguiu viagem e aterrissou em segurança em Vilnius.
Protasevich é jornalista e foi colocado em uma lista de procurados do governo de Belarus após protestos de rua no ano passado, motivados pela eleição presidencial que reelegeu Lukashenko. Adversários alegam que houve fraude eleitoral. Ele estava exilado na Lituânia desde novembro de 2020.
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Repercussão
A Lituânia, integrante da União Europeia, pediu que o bloco e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) respondessem. A Alemanha cobrou uma explicação imediata e o primeiro-ministro da Polônia classificou o caso como “um ato repreensível de terrorismo de Estado”.
A líder da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, disse que a ação de Belarus foi “totalmente inaceitável”.
A Lituânia e Belarus, aliada tradicional da Rússia, são vizinhos e ex-membros da União Soviética. A Lituânia agora é membro da União Europeia e Belarus, não.
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, pediu uma resposta internacional.
“Peço aos aliados da Otan e da UE que reajam imediatamente à ameaça representada à aviação civil internacional pelo regime de Belarus. A comunidade internacional deve tomar medidas imediatas para que isso não se repita”, disse Nauseda.
A assessora presidencial lituano Asta Skaisgiryte disse que a operação para forçar o pouso do avião que transportava cerca de 170 pessoas de 12 países parecia ter sido pré-planejada.
Ela disse que os serviços de inteligência de Belarus sabiam quem estava a bordo do avião.
Uma porta-voz das autoridades aeroportuárias da Lituânia disse à Reuters que o avião, programado para pousar em Vilnius no início do domingo, agora deve pousar no final do dia.
Fonte: Yahoo!