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Após receber aprovação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Andretti Cadillac segue para discussões comerciais com a F1 antes de ser aceita – ou não – como nova integrante no grid da categoria. Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem (foto) segue publicamente favorável à expansão do grid, alegando que o inchaço no campeonato está no gradativo aumento do calendário e não no número de equipes.
– Dizer não para um time que foi aprovado pela FIA… É bem difícil dizer não. Você pode me chamar de otimista, sou sempre otimista. Acho que sim (será aceito) – disse Ben Sulayem à Reuters, acrescentando:
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– A FIA deveria estar pedindo, implorando a fabricantes que entrassem. Não deveríamos simplesmente dizer não a elas. Se você pergunta qual é o meu sonho, seria preencher as 12 (vagas) e ter um time dos Estados Unidos de uma construtora, uma fabricante de unidades de potência e um piloto de lá dirigindo. E então ir à China talvez, pedir pela mesma coisa e fazer.
A candidatura da Andretti Cadillac, parceria entre a montadora americana e a equipe de Michael Andretti (filho de Mario, campeão da F1 1978), foi a única aceita pela FIA; quatro projetos foram inscritos. Agora, o processo segue para discussões comerciais com a F1, que também precisa dar aval – mas o CEO Stefano Domenicali já revelou, em algumas ocasiões, ser contrário à entrada de novos times.
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A resistência dentre as atuais equipes do grid é mais voltada ao aspecto financeiro, já que mais um integrante na categoria aumentaria o número de participantes na divisão de receitas. Por isso, novos inscritos estão sujeitos ao pagamento de uma taxa anti-diluição de 200 milhões de dólares como forma de compensação.
O artigo 8.6 do regulamento esportivo da F1 2023 prevê um máximo de 26 carros no campeonato, com dois por equipe – limitando a disputa a 13 times. Sulayem reforça que a entrada de novas integrantes teria respaldo no livro de regras.
– Os circuitos têm que ter garagens suficientes e espaço para 12 equipes. Acho que o número de corridas é muito alto, em vez do número de equipes. Precisamos de mais equipes e menos corridas. Os times estão olhado para o pedaço de bolo (divisão financeira) deles. Eu entendo as preocupações deles, mas as nossas são distintas – completou.
Na próxima temporada, a F1 terá o maior cronograma da história da categoria, com 24 corridas agendadas. O número, que é o limite previsto no Pacto de Concórdia, esteve previsto para a temporada 2023 – mas o cancelamento dos GPs da Emilia-Romagna (chuvas) e da China (covid-19) reduziu o calendário para 22 etapas.
A F1 2023 retorna em 22 de outubro com o GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas. Restam cinco etapas para o fim da temporada, que já coroou Max Verstappen tricampeão mundial.
Fonte: G1