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A Embraer informou nesta segunda-feira (18) que, após cerca de três anos, o presidente da companhia, Paulo Cesar de Souza e Silva, vai deixar o cargo no dia 22 de abril, quando termina seu mandato. Até essa data, a empresa diz que será anunciado o nome do substituto.
O comunicado da empresa diz ainda que Silva “foi convidado para ser consultor sênior do Conselho de Administração da Companhia, com a incumbência de facilitar a integração do novo Diretor Presidente, bem como assessorar o Conselho de Administração até o fechamento da operação com a Boeing”.
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Questionada, a Embraer não informou o motivo da saída de Silva do cargo. A nota da empresa diz que o executivo “encerra seu ciclo profissional na Embraer”.
O comunicado também traz a seguinte declaração de Silva: “tenho certeza de que a nova liderança da empresa encontrará pela frente terreno fértil para expandir e consolidar a Embraer”.
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A mudança no comando acontece em meio às negociações em torno da venda da divisão comercial da Embraer para a Boeing.
No final de fevereiro, os acionistas da Embraer aprovaram o acordo entre as empresas. Pelo acordo, a Boeing deverá pagar US$ 4,2 bilhões por 80% da nova companhia. A Embraer ficará com os 20% restantes. O acordo ainda precisa ser autorizado pelas autoridades regulatórias.
Em nota, o presidente do Conselho de Administração da Embraer, Alexandre Silva, disse que Paulo Cesar de Souza e Silva é o “idealizador da parceria com a Boeing e liderou o processo de negociação da transação”.
Paulo Cesar de Souza e Silva é executivo da Embraer desde 1997. Entrou na companhia para estruturar a área de financiamento de vendas . Por seis anos, foi Presidente e CEO da Aviação Comercial e, em 2013, lançou o Programa E2, de jatos comerciais de médio porte. Ele foi anunciado como presidente em 2016, como substituto de Frederico Fleury Curado.
Em nota, a empresa disse que “três iniciativas voltadas para a geração de valor e sustentabilidade da Embraer marcam sua gestão”, citando, além da negociação com a Boeing, o início do programa Passion for Excellence, voltado à redução de custos e no aumento da eficiência operacional, e a criação da EmbraerX, responsável em inovação e desenvolvimento de que trabalhou no eVTOL (veículo elétrico que faz parte da parceria com a Uber).
“Sem o apoio do Conselho e dos 18 mil funcionários e colegas da Embraer, nada do que conquistamos até hoje teria sido possível”, disse Silva em nota.
“Temos pela frente o desafio de continuarmos na vanguarda da engenharia e de operações. Na Aviação Executiva e na área de Defesa, com o KC 390, em uma das joint ventures com a Boeing, expandiremos nossa inserção internacional e tudo indica que teremos outros 50 anos de sucesso pela frente.”
Fonte: G1