18 de outubro, 2024

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Presidente argentino pede a Biden apoio no FMI

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O presidente argentino, Alberto Fernández, pediu nesta quarta-feira (29) que os Estados Unidos “continuem acompanhando” a Argentina no Fundo Monetário Internacional (FMI), devido à seca que assola o país sul-americano, durante um encontro na Casa Branca com o presidente Joe Biden, que agradeceu ao colega por condenar a invasão russa à Ucrânia.

“Bem-vindo à Casa Branca”, disse Biden a Fernández. A reunião deveria ter acontecido em julho de 2022, mas o presidente americano teve covid-19, e o encontro foi adiado.

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Após 200 anos de relações diplomáticas, “hoje embarcamos no próximo século de parceria e esta reunião é uma oportunidade para reafirmar que nada está fora de alcance se trabalharmos juntos”, afirmou Biden, agradecendo a forma como o governo argentino “lidou” com a invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

A Argentina condenou a invasão russa da Ucrânia, mas, assim como outros países latino-americanos, se negou a enviar armas a Kiev.

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“A guerra causou danos incomensuráveis à economia mundial. Temos que trabalhar muito juntos, unir esforços para que esta guerra termine, para que pare de tirar vidas humanas e para que a economia se recupere”, declarou Fernández.

Ambos os países têm vantagens geográficas e comerciais para mitigar as consequências da guerra, que segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pode levar centenas de milhões de pessoas à fome.

“Temos uma grande oportunidade pela frente, o mundo exige alimentos, o mundo exige energia e temos todos esses bens em nossos países e podemos produzi-los em nossos países”, explicou Fernández. “Percebo que a paz é urgente”, acrescentou o presidente de centro-esquerda.

Seca histórica

Ao mesmo tempo, Fernández vê como igualmente urgente controlar a crise inflacionária que a Argentina atravessa em pleno ano eleitoral.

Para piorar, a Argentina atravessa a pior seca desde 1929, o que “complicou muito a nossa economia”, afirmou.

“Estamos apresentando essa nova realidade com as agências de crédito, então espero que continuem nos acompanhando como têm feito até agora”, acrescentou, dirigindo-se a Biden, cujo país é o principal acionista do FMI, que aprovou um programa de ajuda à Argentina no valor de US$ 44 bilhões (em torno de R$ 226,16 bilhões) em 30 meses.

No momento, Buenos Aires espera que a diretoria-executiva do Fundo aprove o desembolso de US$ 5,3 bilhões (aproximadamente R$ 27 bilhões), que já conta com a aprovação do corpo técnico após a quarta revisão do pacote de ajuda ao país.

Biden também considera o encontro uma boa oportunidade para fortalecer “trocas econômicas cruciais” em vários setores, como energia limpa, minerais, tecnologia ou segurança.

“Podemos cooperar muito” no início de um novo século de associação, sublinhou o presidente democrata, consciente da oportunidade de fortalecer a relação com um país amigo, em um momento em que a China procura aumentar a sua influência na região e no mundo.

O encontro entre os dois líderes no Salão Oval será seguido de uma reunião de trabalho das equipes técnicas dos dois países.

Fernández está acompanhado, entre outros, pelo ministro das Relações Exteriores, Santiago Cafiero, e pelo ministro da Economia, Sergio Massa, que se reuniu nesta quarta-feira com Gita Gopinah, vice-diretora do FMI.

“Discutimos a quarta revisão do programa, o impacto severo da seca e a importância de ações para fortalecer as reservas e continuar mobilizando de forma sustentável o financiamento doméstico”, tuitou Gopinah após a reunião.

Fonte: Yahoo!

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