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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou neste domingo (1) que enviará ao Congresso um novo projeto para legalizar o aborto, iniciativa que, em 2018, foi rejeitada pelo Senado durante o governo de Mauricio Macri.
“Dentro de dez dias, apresentarei um projeto para a interrupção legal da gravidez”, disse ele perante a assembleia de deputados e senadores, na inauguração do ano legislativo, uma medida que recebeu aplausos efusivos no recinto, além de uma ovação de milhares de manifestantes em frente ao Congresso.
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Os aliados do presidente são maioria absoluta no Senado e a primeira força na câmara baixa. Fernández, um peronista de centro-esquerda, disse que “o aborto acontece, é um fato”, ao qual as mulheres recorrem “em absoluto sigilo”.
O chefe de Estado afirmou que foi demonstrado que “a lei que rege desde 1921 (que permite o aborto em casos de estupro ou perigo de saúde para as mulheres) não é eficaz”. E apontou que, segundo seu projeto, o aborto será autorizado “no momento inicial” da gravidez, sem especificar esse período.
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“A decisão individual da mulher de dispor livremente de seu corpo deve ser respeitada”, disse Alberto Fernández.
Histórico
Em junho de 2018, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto para a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação, mas depois o texto foi rejeitado no Senado.
Centenas de milhares de pessoas se mobilizaram nos últimos anos em favor do projeto, mas também houveram muitas marchas organizadas por diferentes setores religiosos contra o texto.
Na Argentina, cerca de 400.000 abortos clandestinos são realizados todos os anos, de acordo com organizações de direitos das mulheres.
Fonte: Yahoo!