26 abril, 2024

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Prefeitura inicia transferência de famílias que viviam em situação de risco para casa no Jd. Nova Esperança

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A Secretaria Municipal de Habitação, com apoio da Secretaria de Obras e da Defesa Civil do município, iniciou na manhã desta terça-feira (15) a transferência de famílias que viviam em situação de risco e foram contempladas com unidades habitacionais no Jardim Nova Esperança, no distrito de Rubião Júnior. O conjunto, formado por 71 casas, foi entregue no último sábado (12) pela Prefeitura de Botucatu e pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano).
No total, 13 famílias foram identificadas e por preencherem as condições exigidas acabaram selecionadas para receberem as casas. Todas viviam em situação de risco ou de modo irregular e precário em áreas públicas e até o final desta semana serão transferidas para seus novos endereços.
Logo no início da manhã, caminhões e máquinas da Secretaria de Obras chegaram ao Parque Marajoara para a transferência de cinco famílias. Depois de carregar toda a mudança, três barracos foram demolidos para desobstrução das ruas e para que outras pessoas não viessem a ocupá-los. O clima no local era de alegria e alívio por deixar para trás uma vida de sofrimento vivendo em condições bastante precárias, para começar a construir uma nova história em uma casa confortável. Ao mesmo tempo tinha também a dor da separação: de vizinhos que deixarão de conviver depois de muitos anos juntos.
Sílvia Regina Schermann viveu por 20 anos em um barraco sem a mínima infraestrutura. Na semana passada, viu parte dele desabar com a chuva forte e teve que correr com os dois filhos para se abrigar na casa da vizinha. Apesar das dificuldades vividas ali, preferiu não ver a máquina colocando abaixo a frágil estrutura de madeira que a abrigou por tantos anos.
Apesar de tudo, gostava daqui. A vida era boa, mas a casa, não. Na semana passada perdi muitas coisas por conta da chuva. Caiu o barraco, molhou minhas coisas, foi horrível. Tive que dormir na casa da vizinha, mas lá também estava caindo e molhando tudo. Nos últimos tempos foi uma vida de dificuldade, mas fui muito feliz aqui. Graças a Deus minha vez chegou. Vou pra minha casa, ao lado de meus filhos e, se Deus quiser, tudo vai melhorar. Agora a gente vai deitar sem medo e tocar nossa vida pra frente. Não tenho nem palavras para agradecer. A Prefeitura tem que continuar fazendo casas para ajudar as pessoas que mais precisam. Obrigado a todos que ajudaram a gente.
Quando recebeu as chaves e teve a oportunidade de entrar pela primeira vez em sua nova casa, Sílvia não escondeu a alegria em poder começar uma nova vida. “É uma felicidade imensa. Amei minha casinha. Vou começar a ajeitar tudo. Aqui está a minha felicidade”.
A vizinha que abrigou Sílvia e os filhos é Marili Viana Marcondes. Ela também se despediu do barraco onde nasceu e morou por 32 anos, já que foi contemplada com uma casa no Nova Esperança. Assim como a amiga, preferiu não acompanhar a demolição. Chorou, talvez recordando os momentos ali vividos, a vida de dificuldade, a situação que teve que enfrentar para criar os filhos. Mas depois de despedir-se dos vizinhos e pouco antes de entrar no carro que a levaria para a nova casa, abriu um sorriso e falou do futuro esbanjando esperança.
Demorou, mas nossa hora chegou É uma benção de Deus, morar no que é nosso, saindo desse sofrimento. A situação aqui era muito difícil. Quando chovia molhava tudo dentro e até para cuidar das crianças era complicado. Na semana passada foi um sufoco. A chuva estragou todas as minhas coisas, mas graças a Deus agora vamos morar no conforto e no que é nosso. Casa nova, vida nova. Espero que Deus abençoe o prefeito e todos que nos ajudaram a realizar esse sonho.
O sotaque mineiro e o sorriso largo são marcas que dona Maria Helena dos Santos carrega. Ela, ao lado do filho, já tinham praticamente separado toda a mudança que viria a ser carregada pelo caminhão da prefeitura e tinham apenas a preocupação em encontrar a cachorrinha de estimação da família. Cãozinho no colo do garoto, entraram no carro, tão logo a casinha foi colocada abaixo, já que foi construída no meio de uma rua.
Morei aqui por onze anos. Fico muito sentida porque gosto aqui do Marajoara, mas uma casinha nova deixa a gente muito contente, muito feliz. Fico triste de deixar meus colegas, meus vizinhos, mas graças a Deus está tudo bem. Uma casa novinha é chique, é muito bom. Agradeço a Deus, a meu falecido pai, ao pessoal da Prefeitura e da CDHU por olharem por nós.
O coordenador da Defesa Civil, Paulo Renato da Silva, acompanhou a remoção das famílias e destacou o fato da ação do poder público garantir moradia digna a quem mais precisa.
“Isso começou em 2010 com a construção do Santa Maria, quando a Prefeitura retirou quarenta famílias de áreas de risco. Agora, com a construção das casas do Jardim Nova Esperança, praticamente vamos zerar situações de pessoas vivendo nessas condições. Não teremos mais nenhuma área pública nessa condição. Isso é muito importante para o desenvolvimento da cidade e para as famílias que há tantos anos esperavam por um lar em condições adequadas. Esse é um momento especial para nós, vendo as famílias tão felizes, levando seus filhos para casas dignas, onde poderão mudar sua história, sendo instalados em local adequado. É uma satisfação participar desse momento e perceber que essas famílias recebem a atenção necessária do poder público e vão ter a dignidade para morar”.
Visivelmente emocionado, o secretário municipal de Habitação, José Carlos Broto, disse que a mudança de famílias que vivam em barracos para as novas casas é um momento gratificante e de grande emoção.
“É nesse momento que a gente vê que o objetivo final alcançado. Aqui há pessoas que há mais de vinte anos moravam em barracos construídos na rua, que viviam sem nenhuma condição, num desconforto total, passando frio. Levá-las para uma casa com todo conforto e infraestrutura demonstra a seriedade do trabalho da prefeitura, proporcionando moradia para quem de fato precisa. É gratificante ver a missão cumprida. Agradecemos a Deus por isso e esperamos continuar nesse trabalho e nessa caminhada. Nossa motivação maior, o que nos move, é ver a satisfação estampada nos rostos das famílias. Eu me emociono a cada casa que a gente entrega, a cada empreendimento que a gente inaugura”.
O trabalho de remoção das famílias continuará nessa semana, com a retirada de pessoas que viviam em áreas da antiga Fepasa, na Rua Galvão Severino e na Vila São Benedito. A previsão é que todas estejam em suas novas casas até a próxima sexta-feira.
Confira a galeria de fotos
Fonte: Prefeitura Municipal de Botucatu

 

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