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O prefeito interino de Anhembi (SP), Lindeval Augusto Mota (PP), prestou depoimento na manhã desta quarta-feira (11) aos vereadores da Comissão Processante (CP) instalada pela Câmara da cidade para investigar denúncia de nepotismo.
Mota falou por cerca de uma hora durante um dos últimos atos da CP para finalizar a fase de instrução. Agora, a defesa do prefeito interino tem prazo de até cinco dias, que vence na próxima segunda-feira (16), para apresentar sua manifestação por escrito.
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Depois disso, a CP se reúne para elaborar o relatório final que pode ou não pedir a cassação do mandato de vereador de Mota e, como consequência, o mandato de prefeito interino.
Lindeval Augusto Mota assumiu o cargo de chefe do Executivo na condição de presidente da Câmara porque o prefeito reeleito em 2020 para o segundo mandato, Miguel Machado (PSDB), não pôde assumir o cargo. Ele havia sido cassado por improbidade administrativa no ano passado.
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Com isso, Anhembi terá eleições suplementares no próximo dia 3 de outubro, que foram marcadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) depois de dois adiamentos, todos motivados pela pandemia.
Inicialmente, as eleições suplementares estavam marcadas para ocorrer no dia 11 de abril , mas acabaram adiadas por causa da pandemia. Na sequência, o pleito foi remarcado para o dia 4 de julho, porém sofreu um novo adiamento.
O prefeito interino contraiu Covid no fim de abril e teve que ser internado. Após sair da UTI no dia 7 de maio, ele recebeu alta dois dias depois para se recuperar em casa.
Mota é candidato a prefeito nas eleições suplementares de 3 de outubro na cidade e, se for cassado, fica fora da disputa. Consultado pela reportagem, o prefeito interino ainda não se manifestou.
Nepostismo e abuso de poder
Os trabalhos da CP começaram em maio deste ano e o prazo final para votação do relatório é o dia 23 de agosto.
Segundo a Procuradoria do Legislativo, os vereadores instalaram a CP depois de uma denúncia de que o prefeito interino manteve a contratação da irmã e do sogro do atual presidente da Câmara, o que é proibido por lei municipal por caracterizar nepotismo.
Além da Comissão Processante, Lindeval Augusto Mota é investigado é uma ação judicial eleitoral por abuso de poder político e econômico por pedir apoio em troca de cargos comissionados e coagir pessoas a apoiar a sua candidatura.
Esse processo está tramitando na Justiça Eleitoral de Conchas (SP) e foi acatado pela magistrada local depois de investigações do Ministério Público Eleitoral colherem indícios dessas práticas.
Fonte: G1 – Foto: Prefeitura de Anhembi/Divulgação