23 abril, 2024
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Diante de uma crise sem precedentes no número de jovens que cometem suicídio no país, o governo da Coreia do Sul encontrou uma medida no mínimo esquisita para tentar conter o problema. Escolas estão colocando alunos e alunas em caixões e mostrando o impacto de suas mortes nas vidas de suas famílias e amigos.
Segundo estimativas, 40 pessoas se matam todos os dias por não suportar o modo de vida do país, dono de uma sociedade extremamente competitiva e que coloca seus jovens em constante pressão. Enquanto isso, a população de meia-idade e os idosos reclamam por arcarem com grande parte dos encargos financeiros do cotidiano.
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Para tentar amenizar a taxa de mortalidade, as escolas decidiram apresentar aos alunos as consequências do suicídio. Nas aulas, professores mostram como seria se eles morressem, tentando convencê-los a apreciar a vida novamente.
Nas aulas, os alunos escrevem testamentos de mentira e são trancados dentro de caixões enquanto funerais falsos são encenados por professores. No Centro Médico Hyowon, em Seul, a presença dos jovens enviados pelos pais é maior a cada dia.
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Sentados entre caixões, os estudantes são orientados a escrever seus testamentos enquanto um professor explica que os problemas que enfrentamos diariamente fazem parte da vida. Segundo o chefe do centro, Jeon Yong-mun, ex-funcionário de uma funerária, os jovens sul-coreanos aprendem a encontrar alegria dentro das dificuldades e aceitá-las.
O funeral falso começa a criação de uma carta de despedida para colegas e familiares. Depois, uma foto dos estudantes vestidos com trajes tradicionais fúnebres é tirada e colocada em porta-retratos que serão “enterrados” junto com eles.
A ideia da “escola da morte” é reproduzir os efeitos colaterais da morte, mostrando a dor que envolve parentes deixados para trás e convencer os estudantes a abandonarem a prática do suicídio.
Em um determinado momento, o responsável pela sala diz que “é hora de ir para o outro lado”. Velas são acesas e uma pessoa vestida como um anjo da morte entra na sala para fechar o caixão de todos os alunos. Depois disso eles são deixados dentro do esquife por 10 minutos enquanto contemplam a vida a partir de outro ponto de vista.
A Coreia do Sul deixou de ser um dos países mais pobres do mundo se tornou a 12º maior economia global em apenas algumas décadas. Entretanto, a súbita ascensão sul-coreana trouxe um preço caro para as famílias do país.
A rápida mudança ideológica de coletivismo para individualismo desintegrou a noção tradicional de família, isolando os jovens que recebem por quase um terço da população, a obrigação de sustentar seus familiares mais velhos.
Fonte: Yahoo!
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