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O coração de D. Pedro I poderá viajar até ao Brasil para ser exibido nas comemorações do bicentenário da independência do país.
A viagem, debatida há mais de um mês, teve agora a concordância do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.
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A decisão foi tornada pública nesta quarta-feira (22), em conferência de imprensa, por Moreira, que apontou que o traslado temporário depende de garantias de transporte e conservação que terão de ser acertadas entre os governos português e brasileiro.
O coração do imperador está protegido e guardado em formol numa igreja ao norte da cidade do Porto. A última aparição pública do órgão aconteceu durante a gravação de um documentário em 2015.
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A relíquia guardada pela cidade portuguesa terá que receber “transporte em ambiente pressurizado”, segundo informa o site local NIT.
A autorização dada pela cidade do Porto — e pela Irmandade da Lapa, da Igreja que guarda o tesouro — teve que esperar por uma avaliação do Instituto de Medicina Legal local. O temor dos portugueses é de que a que a viagem pudesse danificar o coração conservado há quase dois séculos.
“O relatório da perícia ainda não está totalmente concluído, mas já nos foi assegurado que o coração poderá ser transladado temporariamente para o Brasil”, confirmou Rui Moreira.
O episódio do empréstimo do coração de Pedro I (conhecido em Portugal como Pedro IV) começou meses atrás, quando o embaixador brasileiro George Prata oficializou o pedido para o traslado.
Em 7 de setembro de 1822, o Brasil era declarado como uma nação autônoma. Como conta a história, o à época imperador Dom Pedro I proclamou a independência às margens do rio Ipiranga.
Em 2022, 200 anos depois, o Brasil pretende fazer uma celebração em homenagem a esse aniversário tão importante.
Pedro I é símbolo da independência brasileira, mas tem importância também em Portugal. A pedido do imperador, seu coração permaneceu na cidade portuguesa e seu corpo foi levado para o país que ajudou a tornar independente.
Fonte: G1