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Fatores como tipo sanguíneo, odor corporal, roupas escuras e até consumo de álcool influenciam a preferência dos mosquitos
Não é impressão: os mosquitos realmente têm suas preferências na hora de picar. Enquanto algumas pessoas quase não são incomodadas, outras se tornam verdadeiros alvos desses insetos. E a ciência tem explicações para isso.
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Segundo especialistas em entomologia, a tendência dos mosquitos em escolher determinadas pessoas está ligada a uma combinação de fatores genéticos, metabólicos e até hábitos cotidianos. A entomologista Shannon Harlow-Ellis, da empresa Mosquito Joe, especializada no controle desses insetos, aponta sete motivos principais que tornam alguém mais atrativo para os mosquitos.
Um dos fatores mais decisivos é o tipo sanguíneo. Pessoas com sangue tipo O são picadas com mais frequência: estudos apontam que os mosquitos pousam em indivíduos com esse tipo em 83,3% dos casos, enquanto para o tipo A, esse número cai para 46,5%.
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Outro ponto relevante é o odor corporal. Perfumes com fragrâncias florais, por exemplo, atraem os insetos, que associam os aromas a fontes de néctar. Além disso, o suor humano, especialmente o ácido láctico presente nele, serve como um atrativo poderoso, sendo detectado pelas antenas dos mosquitos.
A temperatura corporal elevada também contribui. Quem está com calor, praticando exercícios físicos ou até mesmo ofegante, libera mais dióxido de carbono – outro atrativo natural para os mosquitos. Esse mesmo princípio se aplica às mulheres grávidas, que tendem a emitir mais calor e CO₂.
O consumo de álcool, principalmente cerveja, também foi apontado como fator de risco. Um estudo da Journal of the American Mosquito Control Association mostrou aumento significativo na quantidade de picadas após a ingestão da bebida.
Por fim, a cor da roupa faz diferença. Vestir-se com tons escuros, como preto ou vermelho, facilita a detecção visual pelos mosquitos, pois essas cores contrastam mais com o ambiente e estimulam o comportamento de busca dos insetos após a percepção de CO₂.
A compreensão desses fatores pode ajudar na prevenção de picadas e no planejamento de medidas mais eficazes, especialmente em regiões com alta incidência de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya.
