03 de novembro, 2024

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População global pode atingir pico em 2050 e depois decair, diz estudo

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Novas projeções de pesquisadores da iniciativa Earth4All para a Global Challenges Foundation indicam que a população global deverá chegar a quase 9 bilhões até meados deste século. O mesmo estudo indica que, se o mundo der um “salto gigante” nos investimentos voltados ao desenvolvimento econômico, à educação e à saúde, até 2100, esse número poderá cair para 6 bilhões de pessoas.

Para chegar aos resultados, a equipe utilizou um novo sistema de projeções em que dois cenários para este século foram investigados. A principal diferença entre eles seria a criação e aplicação de políticas públicas para mitigar as desigualdades sociais dentro dos países.

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Crescimento em meio ao desenvolvimento

No caso nomeado como “Muito pouco, tarde demais” (em tradução livre), o mundo continua o processo de desenvolvimento econômico como o que já ocorre há 50 anos. Assim, a expectativa é que a população global atinja o pico de 8,6 bilhões de pessoas em 2050 e, até 2100, caia para 7 bilhões.

Já no segundo cenário – o “Salto do Gigante” (em tradução livre) -, espera-se que a população atinja o ápice de 8,5 bilhões de pessoas por volta de 2040 e caia para cerca de 6 bilhões até o final do século. Esse resultado seria o reflexo de investimentos no alívio da pobreza e políticas para garantir a segurança alimentar e a equidade de gênero.

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Poucas projeções simulam o crescimento populacional considerando a sua conexão com o desenvolvimento; esse é o diferencial do modelo da Earth4All. Em ambos os cenários, a pobreza extrema diminui no mundo, mas apenas no segundo caso ela é erradicada.

O líder do projeto, Per Espen Stoknes, explica, em comunicado à imprensa: “Sabemos que o rápido desenvolvimento econômico em países de baixa renda tem um enorme impacto nas taxas de fecundidade. Esse valor cai à medida que as meninas obtêm acesso à educação e as mulheres são economicamente empoderadas e têm acesso a melhores cuidados de saúde”.

Atualmente, o crescimento populacional é maior em algumas nações da África e da Ásia (Foto: Reprodução)

Distribuição de recursos

A equipe também analisou a conexão entre a população e o excesso de limites planetários. Ao contrário dos mitos populares, os cientistas apontam que o número de pessoas não é o principal fator para exceder a carga da Terra, mas, sim, os níveis de pegada de material extremamente altos entre os 10% mais ricos do mundo.

“O principal problema da humanidade é o consumo luxuoso de carbono e biosfera, não a população. Os lugares onde a população está crescendo mais rapidamente têm pegadas ambientais por pessoa extremamente pequenas em comparação com os lugares que atingiram o pico populacional há muitas décadas”, defende Jorgen Randers.

De acordo com as projeções demográficas da equipe, toda a população poderia alcançar condições de vida superiores ao nível mínimo previsto pelas Nações Unidas. Isso sem qualquer mudança significativa nas atuais tendências de desenvolvimento, apenas com uma distribuição mais igualitária dos recursos. “Uma boa vida para todos só é possível se o uso extremo de recursos da elite rica for reduzido”, conclui Randers.

Fonte: Um Só Planeta

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