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O policial militar suspeito de estupro, sequestro e tentativa de feminicídio contra a ex-namorada deixou a UTI nesta quarta-feira (13), mas segue internado sob escolta policial. Kleber Otávio de Oliveira (foto), de 23 anos, está internado no Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu (SP) desde o dia 1º de fevereiro quando foi baleado pela ex-namorada, que conseguiu pegar a arma dele e atirou.
Segundo o Batalhão da Polícia Militar, ele foi transferido para o quarto, mas segue sob escolta policial. O batalhão também estuda uma possível transferência do PM para o Hospital Militar em São Paulo.
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De acordo com depoimentos prestados à Polícia Civil, o policial, que atua na capital paulista no 43º Batalhão de Tremembé, foi até a casa da ex por não aceitar o fim do relacionamento.
Segundo a polícia, ele agrediu o padrasto da mulher e levou a jovem em seu carro para um lugar afastado da cidade, onde, segundo os depoimentos e as investigações, a vítima foi agredida e estuprada.
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Durante as agressões, a mulher aproveitou um momento de distração do policial para pegar o revólver dele e atirar duas vezes. Kleber Oliveira que foi atingido no abdômen.
Depois de receber alta médica, Kleber será encaminhado para o Presídio Romão Gomes, na capital paulista.
Série de ameaças
A mulher de 22 anos, que conseguiu reagir e atirar no agressor, relatou o medo que passou após a série de ameaças que sofreu do policial com quem tem uma filha de dois anos.
“Ele chegou muito rápido, me arrastou para fora de casa e me dava murros com a arma na mão. Me jogou na frente do carro e falou que se eu não entrasse ele ia matar minha família. Depois saiu correndo, me batia o tempo todo, eu tinha certeza que ia morrer”, disse a mulher.
A vítima revela que não consegue mais dormir em função da série de ameaças feitas pelo agressor. Dentre elas, estaria a de matar a filha de dois anos.
“Eu acordo desesperada toda noite, não posso ouvir um carro acelerando. Só tenho medo de ele voltar e matar minha filha, ele falou que vai matar também a família do meu irmão”, contou a mulher.
Segundo a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Manuel, Ana Carolina de Brito, o policial foi atuado em flagrante por sequestro, estupro e tentativa de feminicídio.
“Depoimento de testemunhas comprovam a versão contada pela vítima e agora aguardo uma resposta dos médicos para poder colher o depoimento dele e dar sequência ao inquérito”, explicou a delegada.
Fonte: G1