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O Colorado apresentou acusações de homicídio culposo contra três policiais e dois paramédicos pela morte de um jovem negro preso em 2019 pelos policiais, que o seguraram pelo pescoço e injetaram um sedativo, informaram os promotores nesta quarta-feira (1º).
Um júri apresentou uma acusação formal com 32 denúncias pela morte de Elijah McClain, depois que o governador deste estado no oeste dos Estados Unidos abriu uma investigação especial no ano passado, em meio ao clamor popular que incluiu uma petição online assinada por celebridades exigindo justiça.
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“Cada um dos cinco acusados enfrenta uma acusação de homicídio culposo e outra de homicídio criminosamente negligente”, disse o procurador-geral do Colorado, Phil Weiser, que liderou a investigação.
Quatro dos acusados enfrentam denúncias de agressão, incluindo os dois paramédicos que, sem o consentimento de McClain, aplicaram uma injeção de cetamina, um poderoso sedativo.
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“Estamos aqui hoje porque Elijah McClain não está aqui e ele deveria estar”, disse Weiser.
A morte de McClain ocorreu meses antes do assassinato de George Floyd em Minneapolis, que desencadeou em maio de 2020 uma grande reação nacional, com protestos contra a violência policial nos Estados Unidos contra as minorias, especialmente negros.
As mobilizações, durante a pandemia de coronavírus, também desencadearam protestos e atos em outros países.
McClain morreu em agosto de 2019 em Aurora, uma cidade perto de Denver, três dias depois de ser estrangulado pela polícia, sedado e após sofrer uma parada cardíaca. Tinha 23 anos.
A polícia o interceptou respondendo a uma ligação sobre uma “pessoa suspeita” que usava máscara e caminhava “com atitude estranha”.
Um policial disse que McClain, que estava desarmado, tentou pegar a pistola de outro policial.
A família do jovem afirmou que ele havia saído para comprar chá gelado e que frequentemente usava a máscara porque sofria de anemia.
O governador de Colorado, Jared Polis, pediu ao procurador-geral em junho de 2020 para trabalhar no caso. Polis afirmou que tomou a decisão depois de falar com a mãe da vítima.
“Era um filho, um sobrinho, um irmão e um amigo. Quando morreu, tinha só 23 anos. Tinha a vida toda pela frente”, disse Weiser nesta quarta-feira.
Milhares de pessoas comentaram o caso nas redes sociais dos Estados Unidos nesta quarta, após o anúncio das acusações.
Fonte: Yahoo!