28 de dezembro, 2024

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Polícia procura a motivação para massacre que matou 10 em Suzano

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A polícia investiga se os dois jovens que abriram fogo contra a Escola Estadual Raul Brasil, nesta quarta-feira (13), faziam parte de um grupo que joga em rede o game Call of Duty, de guerra, e neste fórum teriam planejado o crime. Suspeita-se que eles planejavam o ataque há pelo menos, um ano e meio.

Os investigadores estão ouvindo os pais dos rapazes sobre essa questão, mas suspeitam de ligação com o massacre. A polícia ainda não sabe como ou onde as armas foram compradas. Os autores do ataque tinham um revólver .38, uma besta, uma machadinha e um arco e flecha.

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Luiz Henrique de Castro, de 25 anos (ele faria aniversário no sábado) e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, eram vizinhos e ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil. Guilherme  havia abandonado a escola no ano passado e, de vez em quando, fazia alguns trabalhos em lanchonetes no centro de Suzano. Mas passava a maior parte do tempo com o amigo.

O ataque que deixou 10 mortos na escola estadual Professor Raul Brasil nesta quarta-feira ) em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, vitimou cinco alunos, duas funcionárias e um empresário, além dos próprios autores.

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Os alunos foram identificados como Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquiades Silva de Oliveira e Douglas Murilo Celestino e Kaio Lucas da Costa Limeira.

Também morreram no ataque Marilena Ferreira Umezu, coordenadora pedagógica, e Eliana Regina de Oliveira Xavier, inspetora de ensino.

O empresário Jorge Antonio Moraes, proprietário de uma revendedora de carros, era tio de Guilherme Taucci Monteiro, 17, um dos atiradores. Ele foi baleado em sua loja, que fica próxima à escola, pouco antes do ataque.

BESTA

Além de descobrir como os autores tiveram acesso ao revólver (eles ainda simularam ter um arsenal de explosivos) a polícia diz que armas brancas como a besta (espécie arma medieval que dispara flechas) e o machado encontrados com os autores do massacre ocupam um vácuo no estatuto do desarmamento, segundo especialistas.

Esse tipo de objeto pode ser comprado por qualquer pessoa com facilidade na internet, sem empecilho legal.

O primeiro ataque

Segundo vizinhos, os dois às vezes ficavam o dia inteiro conversando, sentados na frente de casa. E passavam pelo menos três noites por semana em uma lan house perto de casa. Castro trabalharia de vez em quando com o pai, capinando o mato. Na manhã desta quarta, chegou a acordar por volta das 5 horas e foi para a estação de trem com o pai. Chegando lá alegou que estava doente e o pai disse para ele voltar para casa, o que nunca aconteceu.

Os dois foram até uma loja de carros seminovos do tio de Guilherme, Jorge Antônio Moraes, localizada a cerca de 450 metros. De acordo com testemunhas, por volta de 9h15, G.T.M. entrou sozinho no local, onde também funciona um estacionamento e um lava-rápido e disparou três vezes. Ele acertou o celular que Jorge segurava na mão – e levantou na tentativa de se proteger -, a clavícula e as costas da vítima. Depois, saiu e embarcou no carro que o esperava na saída. Amigos e funcionários relataram que o carro não foi roubado no local, ele seria de uma locadora, mas não ficou claro se foi roubado lá ou locado. Jorge era conhecido no bairro e tinha a loja há 27 anos e deixa três filhos.

O gerente de negócios Rodrigo Cardi, de 34 anos, trabalhou com Jorge nos últimos 15 anos e disse nunca ter visto G.T.M. no local. “Parece que o Jorge tentou dar uns conselhos depois que o sobrinho foi mal na escola, mas ele não gostou. Mas no momento do ataque nada foi falado nem houve chance de defesa”, disse. A polícia foi acionada para procurar um Ônyx branco, encontrado um tempo depois na frente da escola, já com a chamado do tiroteio em curso.

Atirador matou comparsa e depois se suicidou, diz comandante-geral da PM

São Paulo – A Polícia Militar chegou à escola Professor Raul Brasil em Suzano, região metropolitana de São Paulo, quando os dois atiradores,  Luiz Henrique de Castro, 25, e Guilherme Taucci Monteiro, 17, ainda faziam os disparos e estudantes deixavam o prédio desesperados. 

Segundo o comandante-geral da PM, Marcelo Vieira Salles, ao que tudo indica, “quando eles [atiradores] viram a Força Tática, entraram para dentro de um corredor e um atirou na cabeça do outro. Depois, esse se suicidou.”

Os atiradores são os ex-alunos da instituição.

Os policiais chegaram rapidamente ao local porque haviam sido acionados em razão do primeiro ataque da dupla, em um lava jato. Os PMs tentavam localizar um Onix Branco apontado por testemunhas como o veículo da fuga.

Aos avistarem o carro parado na escola se depararam o crime em andamento. “Quando [os policiais] desembarcaram, ouviram disparos. Se depararam com pessoas mortas pelo caminho, funcionárias, alunos, e ao chegar ao fundo da escola, eles tiveram contato visual com os dois atiradores, ainda vivos.”

Ainda segundo o comandante, os dois estavam em frente a uma sala de aula que funciona o centro de línguas, onde estavam cerca de 25 alunos.

“Quando eles viram a Força Tática, eles entraram para dentro um corredor e um atirou na cabeça do outro e, depois, esse se suicidou logo após”, afirmou ele.

 Os disparos começaram por volta de 9h, quando Luiz Henrique e Guilherme foram até a locadora, atiraram no empresário e roubaram um carro, o Onix branco que aparece em imagens de câmeras de vigilância.

Então, a dupla foi até a escola, onde entraram encapuzados e dispararam contra os alunos, por volta de 9h30. No momento em que viram policiais se aproximarem, eles se mataram.

A dupla levava um revólver calibre 38, quatro carregadores, uma besta (espécie arma medieval que dispara flechas), machados, uma caixa que aparentava ser de explosivos e garrafas montadas como coquetéis molotov.

Fonte: Jcnet

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