26 de dezembro, 2024

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Polícia prende cônsul alemão por suspeita na morte do marido no Rio

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O cônsul Uwe Herbert Hahn, lotado no Consulado da Alemanha no Rio, foi preso no começo da noite deste sábado (6) pela morte de seu marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot.

Uwe havia dito que o companheiro sofreu um mal súbido, na noite da sexta-feira (5), bateu a cabeça e morreu.

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Mas a análise do corpo no IML e a perícia no apartamento do casal, em Ipanema, mostraram que o belga foi alvo de uma morte violenta, de acordo com a polícia.

“A conclusão foi baseada na perícia técnica e a versão apresentada pelo cônsul de que a vítima se exasperou e caiu, ela está na contramão das conclusões do laudo pericial. Ele aponta diversas equimoses, inclusive na área do tórax, que seria compatível com pisadura. Lesões compatíveis com agressão por instrumento cilíndrico. O cadáver grita as circunstâncias de sua morte”, disse a delegada Camila Lourenço, da 14ª DP, ao justificar o pedido de prisão do cônsul.

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Walter Henri Maximillen Biot e o cônsul da Alemanha Uwe Herbert Hahn eram casados há 23 anos — Foto: Reprodução
Walter Henri Maximillen Biot e o cônsul da Alemanha Uwe Herbert Hahn eram casados há 23 anos (Foto: Reprodução)

Inicialmente, o Samu foi chamado para socorrer Walter, mas o médico encontrou o belga já em parada cardiorrespiratória e com lesões no corpo — em especial, uma na cabeça e outra nas nádegas —, a equipe não quis atestar a morte e o corpo foi encaminhado para o IML.

Perícia mostrou marcas no corpo e limpeza no apartamento

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon). A perícia da Polícia Civil foi chamada e encontrou situações suspeitas no lugar.

A primeira delas é que o apartamento havia sido limpo por uma secretária do cônsul. Ela disse que providenciou a limpeza porque um cachorro estaria lambendo poças de sangue.

Os peritos também detectaram manchas de sangue em uma poltrona, que parecia ter sido recém-lavada.

Os investigadores devem usar luminol, substância que reage a manchas de sangue, em uma nova perícia.

O apartamento do cônsul tinha marcas de sangue — Foto: Tv Globo
O apartamento do cônsul tinha marcas de sangue (Foto: Tv Globo)
Poltrona com macha de sangue lavada — Foto: TV Globo
Poltrona com macha de sangue lavada (Foto: TV Globo)

Suspeitas também no IML

O corpo do marido do cônsul também tinha múltiplas lesões, segundo a polícia. O belga sofreu traumatismo craniano provocado por uma lesão na nuca. Além disso, ele também tinha machucados no rosto, peito, barriga, pernas e nádegas.

“Há vestígios de lesão espalhados por diversas partes do corpo. Na região anal, nas pernas. Na perícia local, diversas evidências reforçam que houve um homicídio, sim. O local estava em bastante desalinho, com fezes e sangue espalhados por todo local”, disse a delegada Camila Lourenço ao descrever o cenário encontrado no apartamento do casal.

Identidade do belga Walter Henri Maximilien Biot — Foto: Reprodução
Identidade do belga Walter Henri Maximilien Biot (Foto: Reprodução)

O casal estava junto havia 23 anos, e morava havia quatro anos no Rio. Na delegacia, o cônsul disse à polícia que o marido estava triste porque o casal estava de mudança para o Haiti. Walter faria 53 anos no próximo sábado.

Belga morava em Ipanema — Foto: Reprodução
Belga morava em Ipanema (Foto: Reprodução)

Fonte: G1

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