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A Polícia Militar resgatou neste sábado (8) um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) que havia sido vítima de atropelamento no km 4 da Estrada Vicinal João Lopes da Silva, em Lucélia (SP).
De acordo com a corporação, uma equipe realizava patrulhamento pela cidade quando recebeu a informação de que um animal estaria caído às margens da vicinal.
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Ao realizar buscas nas proximidades da área indicada, os militares localizaram o tamanduá-mirim em um pasto, em estado fragilizado devido a um possível atropelamento.
O animal foi encaminhado ao Instituto de Especialidades Veterinárias, em Adamantina (SP), onde receberá atendimento veterinário e passará por exames antes de ser reintroduzido à natureza.
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‘Fortes garras’
O tamanduá-mirim tem distribuição em campos e florestas da Venezuela até o sul do Brasil.
É insetívoro. Come apenas formigas e cupins. Utiliza uma técnica bastante simples: vale-se de suas fortes garras (quatro ao todo) para fazer buracos no cupinzeiro e, com a língua pegajosa, capturar os insetos, guiados, sobretudo, por um olfato apuradíssimo, que compensa as fracas visão e audição.
O tamanduá-mirim, ao contrário de outras espécies, ainda é um mamífero preservado na fauna brasileira. Mas pesa contra a sua manutenção uma atividade cada vez mais frequente em seu hábitat: a redução das florestas em função das queimadas, o que geralmente elimina a sua principal fonte de alimento: formigas, cupins e larvas.
O animal é também frequentemente ameaçado por outras ações do homem, direta ou indiretamente, como os atropelamentos em rodovias próximas ao seu ambiente natural, e pelo ataque de cães domésticos.
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O grande problema é que, em função de seus baixos níveis metabólicos, o tamanduá-mirim tem longos períodos de gestação e um número reduzido de crias, daí a preocupação constante com o seu bem-estar.
Em função de seus hábitos noturnos, dificilmente é visto de dia. São indivíduos essencialmente solitários, que só encontram um par na época do acasalamento. Tanto que em uma área de 350 a 400 hectares podem-se encontrar dois animais da mesma espécie.
Como característica física principal, ele possui cabeça, pernas e parte anterior do dorso com uma coloração típica, amarelada. Já o restante do corpo é negro, formando uma espécie de colete.
O tamanduá-mirim pesa até cinco quilos e vive aproximadamente nove anos.
Fonte: G1