11 de outubro, 2025

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Polícia localiza em São Bernardo fábrica clandestina de bebidas ligadas à morte de 2 pessoas por intoxicação com metanol em SP

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A Polícia Civil de São Paulo localizou nesta sexta-feira (10), em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a fábrica clandestina de onde teriam saído as garrafas de bebida alcoólica que causaram a morte de duas pessoas por intoxicação com metanol no estado.

Segundo a polícia, a suspeita é de que a fábrica pirata comprava etanol em postos de combustível.

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O etanol comprado pelos fabricantes estaria adulterado com metanol, substância tóxica que provocou os casos de intoxicação. Esse combustível era misturado a bebidas como vodka.

A descoberta ocorreu durante a investigação instaurada para apurar casos de adulteração de bebidas alcoólicas, após os dois primeiros óbitos registrados na capital paulista. As vítimas haviam consumido vodka no mesmo estabelecimento comercial localizado na Zona Leste de São Paulo.

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Polícia encontra fábrica clandestina ligada às mortes por intoxicação com metanol. (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Após a investigação identificar os fabricantes da bebida, a operação, com mandados de busca e apreensão, desmantelou a fábrica clandestina em São Bernardo.

Segundo a polícia, a proprietária da fábrica confessou que havia comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada. Ela foi presa em flagrante por crime de adulteração de bebidas.

Ela será autuada por falsificação, corrupção, adulteração de substâncias ou produtos alimentícios tornando-os nocivos à saúde ou diminuindo seu valor nutritivo. A pena para esses crimes é de reclusão de 4 a 8 anos e multa.

Fábrica clandestina descoberta pela polícia em São Bernardo do Campo pode ter produzido as garrafas que causaram mortes por metanol. (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Além de São Bernardo do Campo, endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. Ao todo, oito suspeitos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.

Garrafas, bebidas, aparelhos celulares e outros itens foram apreendidos na ação e encaminhados à perícia.

A Polícia Civil diz que segue com as investigações para apurar o envolvimento dos suspeitos e a origem dos produtos apreendidos.

Polícia encontra em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, fábrica clandestina ligada às mortes por intoxicação com metanol (Foto: Reprodução/TV Globo)

Vítimas da adulteração

Uma das vítimas que teria consumido bebidas falsificadas produzidas na fábrica clandestina de São Bernardo é o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos.

No bar onde Ricardo ingeriu a bebida, localizado na Mooca, Zona Leste de São Paulo, os investigadores apreenderam nove garrafas — uma de gin e oito de vodka, abertas e fechadas.

Peritos detectaram a presença de metanol em oito dessas garrafas, com percentuais elevados que variavam entre 14,6% e 45,1%.

O empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, da Mooca, uma das vítimas das bebidas adulteradas na capital paulista. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Caso Bruna Araújo

Além da ação na fábrica clandestina, policiais civis da Delegacia de Meio Ambiente e do Grupo de Operações Especiais (GOE) cumpriram na manhã desta sexta-feira (10) oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao bar e a distribuidora de bebidas suspeitas de terem fornecido vodka com metanol para um grupo de amigos que estava numa balada em São Bernardo do Campo.

Entre eles, a jovem Bruna Araújo, de 30 anos, que teve a morte confirmada na segunda-feira (6) por intoxicação com a substância.

Na operação foram apreendidos celulares e computadores com suspeitos que foram conduzidos para a delegacia para prestar depoimento.

Bruna Araújo, de 30 anos, que teve a morte confirmada na segunda-feira (6) (Foto: Reprodução)

Fonte: G1

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