25 abril, 2024

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Polícia investiga se técnica de enfermagem cometeu peculato ao aplicar vacina contra Covid em parentes em Bauru

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A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a técnica de enfermagem de Bauru (SP) que teria aplicado doses da vacina contra a Covid-19, de forma irregular, no marido e outros três parentes. Ela foi demitida na semana passada.

Segundo a Prefeitura de Bauru, que informou o caso à Polícia Civil, a mulher trabalhava na Unidade de Saúde da Família (USF) da Vila São Paulo e era contratada da Sorri-Bauru, instituição responsável por atendimentos no local por meio de um convênio com a prefeitura.

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Na semana passada, a Secretaria de Saúde identificou, através de um balanço diário feito para evitar que as pessoas furem a fila da vacinação, que moradores que não correspondiam ao perfil do público-alvo para receber o imunizante constavam na lista da vacina e eram familiares da funcionária.

A partir disso, a técnica de enfermagem foi demitida e o caso foi comunicado à Polícia Civil, que agora investiga o crime de peculato.

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Segundo a delegada Cássia Regina Viranda Canzian, responsável pelas investigações, a Polícia Civil vai ouvir a coordenadora da USF e a funcionária que conferiu a lista de vacinação e constatou as irregularidades. Depois, a técnica de enfermagem também vai ser chamada para prestar depoimento.

A delegada informou que, de acordo com o que foi repassado pela Secretaria de Saúde, a funcionária vacinou, sem permissão, o filho dela de 24 anos, o esposo de 44, o cunhado de 35 e a nora de 24 anos. Para isso, teria utilizado o resto dos imunizantes que havia aplicado nas outras pessoas.

De acordo com a Polícia Civil, a nora teria recebido as duas doses da CoronaVac e os outros familiares a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca. Nenhuma das pessoas fazia parte do grupo prioritário, de idosos ou profissionais da saúde, para receber a imunização.

Ainda segundo a delegada, o inquérito policial foi instaurado inicialmente para apurar o crime de peculato, que é quando um funcionário público se apropria ou desvia bens aos quais tem acesso. No entanto, no decorrer das investigações, o crime pode mudar de tipificação.

A pena para o crime de peculato, segundo a Polícia Civil, é de dois a 12 anos de reclusão.

Outras providências

Em nota, a Secretaria de Saúde de Bauru disse que enviou ofício para a Polícia Civil com o relatório circunstanciado da Sorri a respeito da aplicação indevida de vacina.

Informou ainda que segue fiscalizando todos os atos para o correto cumprimento da aplicação das vacinas, conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, e as regras estabelecidas pelo Governo Estadual.

Já a Sorri-Bauru, entidade responsável pelo atendimento na USF, informou, em nota, que prontamente comunicou a Secretaria Municipal de Saúde de Bauru da irregularidade. Disse também que já foram tomadas as providências que cabem à instituição, como o desligamento da funcionária por justa causa e o envio de ofício à secretaria.

A nota esclarece ainda que a entidade segue à disposição do poder público, caso mais esclarecimentos sejam necessários, e reitera seu compromisso de seguir os procedimentos do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e as regras estabelecidas pelo Governo Estadual.

Ressalta ainda que foi o monitoramento dos dados vacinais que possibilitou a identificação da fraude e a pronta notificação à Secretaria de Saúde.

Fonte: G1 – Foto: Reprodução/TV TEM

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