Polícia investiga morte de menina encontrada em calçada de Belo Horizonte

A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando as circunstâncias de uma morte ainda misteriosa. O corpo de uma garota foi encontrado na calçada em Belo Horizonte.

O enterro da menina Ana Luiza Gomes, de 12 anos, foi cercado de emoção. Ela morava com o pai e com uma irmã, de 10 anos.

“Ana Luiza era uma menina alegre, meiga, carinhosa. Eu fiquei arrasada, porque no dia 27 agora era o aniversário dela. Estava tendo planos de ir para o shopping com ela, para comemorar o aniversário dela e seria uma surpresa, mas foi tudo impedido”, conta Adriana Martins Honorato, tia da Ana Luiza.

Uma câmera de segurança gravou Ana Luiza seguindo Davi Martins Santos, de 25 anos, e entrando em uma casa na região nordeste de Belo Horizonte. Era por volta de 10h desta terça-feira (16). Pouco mais de três horas depois, o mesmo homem, vestindo uma camisa diferente, aparece na porta do imóvel. Ele observa a movimentação na rua e sai com a menina nos braços. Ele a deixa na calçada.

Uma outra imagem é de minutos depois. O suspeito surge ao lado da menina, parece usar o telefone. Ele pede ajuda para um pedestre, que se aproxima e faz massagem cardíaca em Ana Luiza. Ela já estava morta quando o Samu chegou, de acordo com o boletim de ocorrência.

O médico que prestou o primeiro atendimento relatou à polícia que o corpo já apresentava sinais de rigidez, o que pode se concluir que a morte aconteceu bem antes da ligação para a ambulância.

Polícia investiga morte de menina encontrada em calçada de Belo Horizonte (MG) — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Davi Martins Santos foi preso em flagrante por homicídio. Em depoimento à polícia, disse que estava em um campo de futebol e que encontrou Ana Luiza inalando loló – uma droga à base de clorofórmio – , que ela pediu um copo d’água porque estava se sentindo mal e, por isso, a convidou para ir na casa dele. E que a menina continuou usando droga até passar muito mal. Ele alega que acionou o Samu para ajudá-la.

Davi tem passagens pela polícia por furto, tráfico de drogas e estupro de vulnerável. A investigação, agora, aguarda os laudos periciais para saber o que pode ter acontecido dentro da casa. Se houve violência sexual ou consumo de drogas, por exemplo. Não havia marcas externas no corpo da adolescente. A perícia vistoriou o quarto onde Ana Luiza esteve.

“Vários familiares moram no mesmo local e esse cômodo específico, o qual é utilizado para nós, até então, para uso de drogas e eventualmente para a práticas sexuais era de um parente do indicado autor”, diz o delegado Leandro Alves Santos.

Fonte: Globo.com