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A Polícia Civil do Rio investiga o assassinato de Jorge Luiz Lisboa Rosa, primo do ex-goleiro Bruno Fernandes. O rapaz teria sido agredido no dia 31 de agosto em uma comunidade em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Ele foi encaminhado para o Hospital Estadual Alberto Torres, no mesmo município, onde chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.
Em 2010, Jorge Luiz foi uma das principais testemunhas da morte de Eliza Samudio. Menor de idade na época, ele revelou que o assassinato ocorreu a mando do então goleiro do Flamengo, mas chegou a mudar seu depoimento algumas vezes.
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Segundo a Polícia Civil, a morte de Jorge foi registrada na 74ª DP (Alcântara) e o órgão investiga as circunstâncias do crime. A Polícia Militar informou que não foi acionada para o caso. Já a assessoria de imprensa da secretaria estadual de Saúde confirmou a entrada de Jorge no hospital e sua morte.
Relembre o caso
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O assassinato da modelo e atriz Eliza Samudio teve repercussão nacional por envolver o então goleiro titular do Flamengo, Bruno Fernandes. Eliza tinha 25 anos e tinha um filho com o atleta, após se relacionarem em 2009. Depois de conflitos por conta da gravidez e pedidos para que ela fizesse um aborto, Bruno foi denunciado por ela à polícia por agressão. Mesmo após as denúncias, Eliza foi vítima de cárcere privado, estrangulamento e esquartejamento. Além do goleiro, outras pessoas foram condenadas por envolvimento no crime.
O goleiro foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho dos dois. Bruno também havia sido condenado por ocultação de cadáver, pena que foi depois extinta, após a Justiça entender que o crime prescreveu. O filho do casal vive com a avó materna no Mato Grosso do Sul.
Bruno chegou a ser solto em 2017, por uma liminar do Superior Tribunal Federal (STF), quando voltou a jogar futebol pelo Boa Esporte, no Módulo 2 do Campeonato Mineiro. A medida, no entanto, foi revogada, e foi negado um pedido de habeas corpus. Ele se apresentou à polícia em abril de 2017 em Varginha, de onde saiu para cumprir prisão domiciliar em 2019.
Em maio deste ano, a Justiça voltou a decretar a prisão de Bruno por uma dívida de pensão alimentícia do filho que teve com Eliza Samudio.