16 de setembro, 2024

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Polícia identifica suspeitos de agredir pai confundido com estuprador ao acompanhar filha em Botucatu

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A polícia identificou três adultos e um adolescente como responsáveis pelas agressões contra um homem que foi confundido com um estuprador enquanto acompanhava a própria filha no caminho até a escola. O caso foi registrado no dia 12 de junho, em Botucatu, no interior de SP.

Um jovem de 18 anos, dois homens de 40 e 59 anos, além de um adolescente de 15 anos, foram apontados pelas investigações da Polícia Civil de Botucatu como os agressores.

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De acordo com o boletim de ocorrência, o homem alegou que deixou sua filha ir sozinha à escola pela primeira vez, mas a acompanhava de longe, quando houve as agressões.

Ao g1, o delegado seccional de Botucatu, Lourenço Talamonte Neto, afirmou que o laudo do IML (Instituto Médico Legal), ao qual a vítima foi submetida para saber a gravidade das lesões, apontou que as lesões corporais foram leves.

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Com isso, o procedimento da Polícia Judiciária foi concluído. Como os crimes noticiados pela vítima foram considerados de menor potencial, a ocorrência será encaminhada ao Juizado Especial Criminal, que irá determinar a pena dos acusados.

“Apesar da agressividade desses homens, a vítima teve apenas lesões leves, como apontou o laudo. Então, esse caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal do Fórum e lá os agressores serão apenados, geralmente, com o pagamento de cesta básica ou prestação de serviços à comunidade. Então, a pena nesse caso não será a prisão, mas uma pena alternativa”, explicou o delegado.

O Juizado Especial Criminal é responsável por julgar crimes e contravenções penais de menor potencial ofensivo, cujas penas são inferiores a dois anos de reclusão, com aplicação ou não de multa. Neste caso, além de lesão corporal leve, os agressores irão responder pelos crimes de ameaça e injúria.

O caso

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima das agressões é Paulo Vitor Papa, de 36 anos. Ele contou à polícia que deixou sua filha, de 13 anos, ir sozinha até o Sesi, onde estuda, pela primeira vez no dia.

À polícia, o pai contou que, conforme combinado com a mãe da menina, iria acompanhá-la à distância sem ser percebido pela adolescente para garantir que não houvesse problemas durante o trajeto até a escola.

Segundo o registro policial, três homens abordaram o pai e o questionaram por que estava seguindo a adolescente. Segundo a vítima, os agressores são funcionários e atletas do Sesi de Botucatu.

Conforme o BO, mesmo relatando ser o pai da jovem, os agressores o teriam espancado, chamando o homem de “estuprador”, “malandro”, “safado”, “vagabundo”, “mentiroso” e dizendo que iriam “quebrar as suas duas pernas”.

A vítima contou que foi perseguida pelos homens e que, no caminho, foi espancado. O homem relatou que entrou na sede do Senai em busca de ajuda, no entanto, os indivíduos que o seguiam também entraram no local e voltaram a agredi-lo.

As agressões só cessaram quando a jovem e a mãe dela chegaram ao local e o identificaram como pai da adolescente. Assim que foi esclarecido o fato, os autores das agressões fugiram do local.

No dia das agressões, a Polícia foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal, injúria e ameaça.

Ao g1, a vítima disse ter ficado traumatizado com as agressões e que mal consegue acreditar que ainda existam pessoas que busquem “fazer justiça com as próprias mãos”.

À reportagem, a assessoria de imprensa do Sesi disse, em nota, que repudia as agressões e afirma ter “tomado ciência dos fatos narrados, uma vez que foi o próprio diretor da instituição que chamou a polícia” e que “aguarda a apuração do que efetivamente ocorreu pelas autoridades competentes”.

Fonte: G1

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