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A Polícia Civil de Botucatu (SP) realizou na manhã desta terça-feira (8) a reconstituição do crime contra o policial militar aposentado que foi encontrado morto dentro de sua casa com uma faca cravada no peito. A reconstituição, comandada pelo delegado Geraldo Franco Pires, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), durou três horas e meia.
O crime aconteceu em julho deste ano, no Jardim Iolanda. José Paulo de Almeida, de 61 anos, estava amarrado em seu quarto e tinha as siglas de uma facção criminosa escritas com batom nas costas. Como não havia sinais de luta corporal, a polícia suspeitava que o homem tenha sido dopado.
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Na época do crime, os policiais chegaram ao local depois de encontrar o carro da vítima incendiado. A consulta pela placa do veículo levou a polícia à residência do aposentado, que já estava morto. Da casa, foram levados dois televisores e uma arma.
“Essa reconstituição foi feita para que cada suspeito mostrasse sua versão sobre o crime e para evidenciar as contradições entre essas versões, que foram muitas, com cada um deles tentando se proteger”, explicou o delegado.
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Segundo Pires, com a reconstituição desta terça-feira o inquérito deve ser concluído para ser apresentado à Justiça. A previsão da Polícia Civil de Botucatu é que isso aconteça até esta quinta-feira (10).
Prisão dos suspeitos
Em agosto deste ano, a polícia prendeu temporariamente seis suspeitos do crime, entre eles a ex-mulher do policial aposentado, que no dia do crime foi localizada pela PM de pijamas em um posto de combustíveis, em Bauru. Na ocasião, Eliana Calixto disse que tinha sido roubada e sequestrada.
Entre os suspeitos também estão o ex-marido de Eliana e um filho dela. Os outros três suspeitos presos, que seriam os executores do crime, foram presos em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O sétimo suspeito é outro filho de Eliana, que já estava preso na Penitenciária de Pirajuí por outros crimes Ele é suspeito de contratar, de dentro da cadeia, o trio da capital para matar a vítima.
Segundo a polícia, dos seis suspeitos presos no dia 19 de agosto, cinco seguem na cadeia – a prisão temporária de 30 dias de todos foi renovada pelo mesmo período. Uma mulher, que havia sido presa em Guarulhos, foi solta porque não foi comprovada sua participação.
De acordo com as investigações, a motivação do crime teria sido o dinheiro de um seguro de vida que ex-policial possuía e a pensão que ela receberia como viúva. Além disso, segundo a polícia, a mulher também queria reatar o relacionamento com o ex-marido.
Para a polícia, a tese de que a ex-mulher do policial foi a mandante do crime foi reforçada pelas investigações e pela reconstituição desta terça-feira. De acordo com o delegado Geraldo Franco Pires, também ficou evidenciado que o homem preso em Guarulhos teria sido o autor da facada.
Fonte: G1