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A polícia de Israel atacou dezenas de fiéis no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, antes do amanhecer de quarta-feira (5). As autoridades israelenses disseram que a movimentação foi uma resposta a tumultos no local.
Médicos da Palestina reportaram que pelo menos sete pessoas ficaram feridas. Segundo a organização, as forças israelenses impediram que médicos chegassem à mesquita para prestar socorro às vítimas.
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“Eu estava sentada em uma cadeira recitando [o Alcorão]”, disse uma idosa à Reuters enquanto estava sentada do lado de fora da mesquita, lutando para recuperar o fôlego. “Eles lançaram granadas de efeito moral, uma delas atingiu meu peito.”
A polícia israelense disse em comunicado que foi forçada a entrar no complexo depois que “agitadores mascarados” se trancaram dentro da mesquita com fogos de artifício, paus e pedras.
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“Quando a polícia entrou, pedras foram atiradas contra eles e fogos de artifício foram disparados de dentro da mesquita por um grande grupo de agitadores”, disse o comunicado, acrescentando que um policial foi ferido na perna.
A violência na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém aumentou em 2022 e há preocupação de que as tensões possam aumentar neste mês, quando o mês sagrado muçulmano do Ramadã coincide com as Páscoas judaica e cristã.
O atrito no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, conhecido pelos judeus como o Monte do Templo, desencadeou violência nos últimos anos.
Grupos palestinos condenaram os ataques de Israel aos fiéis, descrevendo a ação como um crime.
“Avisamos a ocupação contra cruzar linhas vermelhas em locais sagrados, o que levará a uma grande explosão”, disse Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas.
Vídeos que circulam nas redes sociais, que a Reuters não pôde verificar de imediato, mostram fogos de artifício sendo disparados e policiais espancando pessoas dentro da mesquita.
Fonte: Agência