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A prefeitura de Ipaussu registrou boletim de ocorrência após constatar que o cercado das capivaras que ficavam no Lago Municipal de Ipaussu (SP) e para onde haviam sido realocadas foi alvo de vandalismo.
A situação ocorreu no dia 9 de janeiro deste ano e, desde então, um novo trabalho de manejo foi iniciado. A polícia já iniciou a investigação para encontrar possíveis autores desse ato.
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Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, João Carlos Marinho, a equipe de veterinários encontrou dificuldade em reunir os animais no cercado em maio do ano passado. Para isso, existem cuidados a serem tomados para não estressar ou machucar as capivaras.
“No dia 9, arrombaram o cercado onde as capivaras estavam presas. Na segunda-feira, recebemos denúncias de que as capivaras estavam no lago. No ano passado, foram em torno de sete meses para capturar as capivaras de forma natural. Como muitas sumiram depois da fuga, precisamos dar atenção às que estão no lago”, explica.
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Preocupa moradores
A preocupação com a quantidade de capivaras no lago começou a partir do aumento da quantidade de animais que surgiram no local. Os moradores fizeram até mesmo um protesto contra a permanência dos animais no lago da cidade.
Tanto que foi necessário o cercamento das capivaras em 2021, em vista do surto de febre maculosa que matou duas crianças no ano retrasado na cidade. A primeira morte de um menino de 8 anos foi confirmada no dia 24 de janeiro de 2020. Já a segunda, de um menino de 10 anos, foi confirmada no dia 6 de março.
Depois das mortes, um estudo da Unesp de Botucatu (SP) identificou que as capivaras que vivem no lago de Ipaussu estavam infectadas com a bactéria responsável pela doença, que é transmitida pela picada do carrapato-estrela. A capivara é hospedeira desse carrapato. Os testes tiveram início em março de 2020.
Pesquisadores veterinários colocaram microchips nos animais e fizeram exames de sangue para avaliar se as capivaras estavam com a doença transmitida pelo carrapato-estrela. Das cerca de 70 capivaras que vivem no lago, 36 foram testadas e foi comprovado de que elas já tiveram contato com a bactéria.
Este ano, o secretário explica que será preciso atrair as capivaras com cana-de-açúcar, assim como feito na fase de realocação das capivaras que foi iniciada em março de 2021.
Dessa forma, ao buscarem o alimento espalhado por esse caminho, os animais chegaram até a área destinada a eles, próxima ao lago.
Fonte: G1