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A Polícia Civil de Bauru fez nesta quarta-feira (28), a reconstituição da morte do bebê Orlando Oliveira Araújo, de seis meses, que morreu asfixiado no dia 7 de março.
O padrasto do bebê, Bruno Miziara de Abreu, de 26 anos, é o principal suspeito da morte. Ele está preso preventivamente e não quis participar da reconstituição. A reconstituição foi na casa onde o bebê morava com a mãe e o padrasto.
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Não foi permitida a entrada da reportagem para acompanhar a movimentação. Dentro do imóvel, estavam investigadores da Polícia Civil, perícia técnica, e marcela, mãe do bebê Orlando.
A reconstituição demorou menos de 30 minutos. Ao final, a delegada que investiga o caso saiu com a certeza que a morte de Orlando Oliveira Araújo, de 6 meses, não foi acidental.
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“Reforçou a convicção nossa de que não foi acidental. Trata-se de um homícidio qualificado. É claro que vamos aguardar alguns laudos e perícias para poder concluir esse inquérito”, explica Priscila Bianchini.
Para delegada a morte do bebê em Bauru foi um homicídio qualificado (Foto: TV TEM / Reprodução )
O advogado do padrasto do bebê, acompanhou a reconstituição. “Tem algumas testemunhas que ainda estão sendo ouvidas, algumas provas juntadas, de conversas entre as pessoas pelo celular e com base nisso nós vamos pedir o relaxamento da prisão temporária dele, mas deve demorar um pouco até esses documentos serão anexados ao inquérito”, destaca Thiago Tezani.
No dia da morte do bebê, em depoimento, o padrasto da criança disse à Polícia Civil que o bebê estava dormindo na cama do casal e teria se enrolado em uma coberta. Quando ele percebeu a situação, o menino já não respirava mais.
O bebê chegou a ser levado por um tio para o quartel da Polícia Militar que fica perto da casa da família. E depois para a UPA do Núcleo Geisel onde teve outra parada cardíaca e não resistiu.
“Falou que a criança já tinha parado de respirar há algum tempo e que tava mole, mas na hora que eu peguei o Orlando, ele já estava praticamente morto”, completa Marcelo Grecchi Júnior.
O laudo feito no corpo de Orlando indicou que ele morreu por asfixia. No dia 16, a Justiça decretou a prisão temporária de Bruno Miziara de Abreu. Depois da reconstituição, a mãe da criança mostrou o quarto onde o filho morreu e apresentou um vídeo de Orlando engatinhando.
O que segundo ela, vai contra com a versão apresentada por Bruno de que o bebê dela teria se enrolado em uma coberta. “Ele já engatinhava, ele já gritava. Quando uma criança como ele se enrola na coberta, ele grita, ele chora e nada disso teria acontecido”, afirma Marcela de Oliveira Grecchi.
Marcela contou ainda que antes da morte do filho, o padrasto já havia apresentado sinais de agressividade. “As orelhas do meu filho estavam roxas e entre outras coisas que eu não posso dizer para vocês, só no dia do Julgamento mesmo.”
“Nesse dia ele dormiu um pouco mais e a Marcela disse que ia trabalhar e pediu que ele ligasse quando o Orlando acordasse, que levasse ele ou ela viria buscar, porque ele sempre ia trabalhar com ela, porque ele num dava trabalho nenhum”, conta a avó de Orlando, Kátia Moraes de Oliveira.