Anúncios
A Polícia Civil está investigando as causas do acidente que matou um aluno de paraquedismo nesta terça-feira (19) em Boituva (SP). Segundo o delegado responsável pelo caso, os policiais constataram no local da queda que não houve a abertura total do equipamento da vítima.
“Pelo que a gente viu no local, não houve a abertura total do equipamento, ou até não abriu nada, nenhum dos dois velames, nem o reserva, nem o principal. Mas isso é difícil dizer, porque ainda vai ter que ser feita uma perícia para entender o que de fato aconteceu”, afirma o delegado Emerson Jesus Martins.
Anúncios
O acidente aconteceu por volta das 12h, na Rua José Scomparim. Segundo a polícia, a vítima atingiu o telhado de uma casa no Jardim Hermínia e colidiu contra o solo em alta velocidade. O delegado afirmou ainda que, antes de cair, o paraquedista girou várias vezes no ar.
“Nós tivemos acesso a algumas imagens que foram feitas nesse salto que ele acabou por falecer e verificamos que ele se desestabilizou durante a queda. Ele acabou girando muito ali e isso acabou prejudicando o salto”, relata.
Anúncios
Após o acidente, a perícia foi acionada e o corpo do paraquedista foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga (SP). A vítima foi identificada como Andrius Jamaico Pantaleao, de 38 anos, que era aluno de paraquedismo.
De acordo com o presidente da Associação dos Paraquedistas de Boituva, Andrius estava com a documentação em dia para praticar o esporte e saltou acompanhado de um instrutor devidamente habilitado.
Para ele, o acidente aconteceu porque o aluno não utilizou a “regra dos cinco segundos”, que diz que o atleta deve abrir o paraquedas imediatamente se não ficar estável no ar dentro do período estipulado.
“A gente acredita que o aluno perdeu a estabilidade em queda livre e, em vez de acionar o paraquedas, ele ficou brigando para tentar recobrar a estabilidade. O dispositivo de acionamento automático funcionou, liberou o paraquedas reserva, porém, no processo de abertura, pelo paraquedista estar girando, ele acabou enroscando no corpo dele e interrompendo o processo de abertura”, explica Marcelo Costa.
Em nota, a Prefeitura de Boituva lamentou a queda e disse que servidores da Secretaria de Administração acompanharam os trabalhos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da perícia.
Segundo a prefeitura, a Confederação Brasileira de Paraquedismo também está acompanhando o caso e vai disponibilizar um técnico para elaborar um relatório sobre as causas do acidente.
Fonte: G1